São Paulo, Quinta-feira, 25 de Março de 1999
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Exportações apoiadas pelo Proex devem ter crescimento de 12,3%

DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília

Os embarques brasileiros beneficiados pelo Proex (Programa de Financiamento das Exportações) deverão ter um crescimento de apenas 12,3% neste ano por causa da desvalorização do real e do corte no orçamento de uma das linhas do programa.
A projeção do Banco do Brasil, que gerencia as duas linhas do Proex, é que o total de projetos aprovados e efetivamente embarcados neste ano chegará a US$ 8,7 bilhões. No ano passado, foram US$ 7,3 bilhões, e em 1997, US$ 3,5 bilhões.
Como o Ministério da Fazenda estima que as exportações devam totalizar cerca de US$ 55 bilhões neste ano, o Proex poderá ser o responsável pela viabilização de 16% desses embarques.
"Tudo depende da evolução da taxa de câmbio. Se o dólar estabilizar em cerca de R$ 1,75, aumentará a nossa capacidade de alavancar mais exportações", afirmou Márcio Jordão, gerente da divisão de operação do Proex do BB.
Segundo Jordão, o cálculo dos embarques financiados que ocorrerão neste ano leva em consideração a cotação do dólar em R$ 1,85 e também a diminuição de R$ 245 milhões nos recursos disponíveis para uma das linhas do Proex, a de equalização de taxas de juros.
Decidido em meados de fevereiro pelo governo, esse corte fez parte do novo ajuste fiscal.
Desde o segundo semestre de 98, o governo alterou três vezes o valor do Proex em 99. Em agosto, definiu que seriam R$ 2,768 bilhões. Em novembro, o número aumentou para R$ 3,181 bilhões.
Em dezembro, a lista de produtos que podem ser beneficiados pelas linhas do programa dobrou -chegou a 8.811 itens- e os recursos previstos caíram para R$ 1,797 bilhão. No mês passado, foram derrubados para R$ 1,552 bilhão (queda de 13,6%).


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