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MERCADO FINANCEIRO
Risco-país sobe 2,1%; saída de recursos estrangeiros e queda das Bolsas dos EUA fazem Bovespa cair
Dólar sobe com rumor de intervenção do BC
DA REPORTAGEM LOCAL
Após se desvalorizar em 1,45%
anteontem, o dólar passou por
um dia de forte volatilidade e fechou em alta de 0,43%, cotado a
R$ 3,013. O C-Bond, principal título da dívida brasileira, fechou
em baixa de 0,65%. O risco-país
subiu 2,1% para 874 pontos.
A divulgação do saldo negativo
de investimentos estrangeiros de
11 a 20 abril na Bolsa de Valores de
São Paulo e a queda nas Bolsas
dos EUA fizeram o Ibovespa fechar em baixa de 2,21%.
Segundo operadores, depois
que o dólar chegou a ser vendido
a R$ 2,983, durante a manhã de
ontem, a procura pela moeda por
parte de empresas com dívidas no
exterior cresceu, motivada por
rumores de que o Banco Central
poderá intervir no mercado de
câmbio.
Além disso, os analistas dizem
que a atual cotação fez com que
alguns bancos comprassem dólares para venderem com lucro
após uma eventual valorização.
Segundo eles, nas próximas semanas a cotação do dólar deve oscilar bastante, influenciada principalmente pelo andamento da
articulação política para a aprovação das reformas e pelos indicadores econômicos.
Na Bovespa, a notícia de que do
dia 11 ao dia 20 de abril ela teve R$
11,7 milhões a mais de saídas do
que de entradas de recursos estrangeiros trouxe pessimismo ao
pregão. O saldo de investimentos
estrangeiros nos 20 primeiros
dias de abril foi positivo em R$
392 milhões -porque nos dez
primeiros dias do mês ele havia sido positivo em R$ 403,7 milhões.
Apesar disso, o valor acumulado nesse período ainda é superior
ao total recebido no mês de janeiro (R$ 239,5 milhões) e no de fevereiro (R$ 367,6 milhões).
Nos Estados Unidos, o aumento
das solicitações de seguro-desemprego fez com que as Bolsas norte-americanas fechassem em baixa - o que aumentou o pessimismo que já era predominante na
Bovespa ontem.
Das dez ações mais negociadas,
apenas a ordinária da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) fechou em alta, de 0,91%. A empresa divulgou ontem, em seus resultados preliminares (ainda não auditados), um lucro líquido de R$
406 milhões no primeiro trimestre de 2003, sendo que no mesmo
período do ano passado a empresa teve um prejuízo de R$ 197 milhões.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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