São Paulo, domingo, 25 de abril de 2004

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Barraca noturna compete com venda "indoor"

DA REPORTAGEM LOCAL

A batalha entre as feiras livres e os supermercados criou uma situação curiosa. Cada um dos adversários resolveu adotar as ferramentas do concorrente.
Com 15 anos de profissão, o feirante Irajá Pereira, 39, defende o funcionamento noturno de feiras livres como a melhor tática para enfrentar a competição com as grandes redes de varejo de alimentos.
Ao lado de mais 23 colegas, o comerciante trabalha numa feira noturna -e clandestina- na zona leste de São Paulo. A prefeitura estuda projeto para legalizar esses empreendimentos.
Os mercados contra-atacam. A rede Comprebem Barateiro, do grupo Pão de Açúcar, implementou feiras "indoor". Aos domingos, as lojas adotam o visual de feiras livres com barracas.
Os funcionários receberam treinamento especial para agirem como feirantes. A meta é atrair os consumidores de classes C e D, que são os que mais se ressentem do clima das vendas de varejo ao ar livre.
O que pode parecer uma estratégia ingênua de competição acabou se revelando eficiente: ainda que não revele os dados do faturamento, o Pão de Açúcar afirma que, neste ano ante 2003, as vendas de hortifrútis subiram 30%.


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