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DIAS DE TENSÃO
Barril tem valorização de 4,48%, a maior desde fevereiro; Arábia Saudita nega que haja racha na Opep
Petróleo atinge recorde de US$ 41,72 em NY
DA REPORTAGEM LOCAL
A cotação petróleo no mercado
internacional sofreu ontem mais
um dia de disparada. O preço do
petróleo em Nova York teve alta
de 4,48%, encerrando o dia cotado ao recorde de US$ 41,72 o barril. Foi o maior percentual de alta
desde 2 de fevereiro deste ano. Na
ocasião, houve elevação de 5,84%.
O petróleo tipo Brent registrou
elevação de 4,55%, fechando cotado a US$ 38,17.
Um dos componentes de pressão nos preços foi a preocupação
do mercado com desavenças entre os membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo).
A Arábia Saudita anunciou a intenção de aumentar sua produção
em 10% para ajudar a abaixar os
preços da commodity no mercado internacional. Mas, durante o
encontro informal da organização no último final de semana, alguns países demonstraram descontentamento com a proposta
saudita.
Ontem, o ministro do Petróleo
da Arábia Saudita, Ali al-Naimi,
negou a existência de um racha na
Opep. A organização realizará sua
conferência oficial em 3 de junho.
Apesar do gesto saudita, analistas afirmam que essa proposta de
aumento da produção não será
suficiente para frear a alta da cotação do petróleo.
"Nas últimas duas semanas, os
sauditas ofereceram uma proposta atrás da outra de aumento das
cotas da Opep e mesmo assim os
preços não caíram significativamente", afirmou Nauman Barakat, vice-presidente da corretora
Refco.
O anúncio de redução do nível
de reservas da gigante do petróleo
Shell também ajudou a causar
turbulência. Ontem, a empresa
afirmou que o nível de reservas
provadas de petróleo da companhia foi revisto para baixo. Com
isso, 103 milhões de barris saíram
da categoria de "reservas confirmadas" para categorias de nível
mais incerto.
Em janeiro deste ano, a Shell já
havia informado aos seus acionistas que 20% das reservas de gás e
petróleo (3,9 bilhões de barris)
também deveriam ser excluídas
da categoria de "reservas confirmadas".
Nos EUA, a subida dos preços
impulsiona a alta do preço da gasolina. O governo americano afirmou ontem que preço do galão
(aproximadamente 3,7 litros)
atingiu o patamar recorde de US$
2,06 na semana passada.
Mas outro fator de pressão, a
demanda chinesa, pode diminuir.
A consultoria Facts Inc diz que a
demanda chinesa por produtos
de petróleo crescerá 7,3% em
2004, contra 9,4% em 2003.
Com agências internacionais
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