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Empresa de SP passa por conjunto de problemas apontados pela Fiesp
DA REPORTAGEM LOCAL
A Fidalga Escovas é um
exemplo de empresa que sofre com os problemas que, diz
a Fiesp, abatem a indústria
nacional. Produtora de escovas para cabelos, ela paga
uma carga tributária e trabalhista que considera muito
elevadas, opera em país com
problemas de infra-estrutura
e, caso precise de crédito, tem
que pagar uma das taxas mais
altas do mundo.
A empresa emprega hoje
cem funcionários. Em 1998,
auge de produção, empregava
cerca de 200. Desde aquele
ano, as importações chinesas
mais e mais tomavam conta
do mercado, roubando espaço da Fidalga.
Manoel Miguez, sócio da
indústria de escovas, diz que
não há nada de errado com
sua linha de produção. Em
termos comparativos, a Fidalga é tão competitiva quanto seus pares chineses, afirma. "Nosso problema está da
porta da fábrica para fora",
diz, repetindo bordão comum
entre os empresários que reclamam do alto custo de operar uma indústria no Brasil.
"O que está nos matando é a
tristeza de que a solução não
está na sua mão", diz ele.
A solução, diz ele, é proteger a indústria local. Não é o
ideal, admite o industrial,
mas é o que pode ser feito. "Já
que o país não dá condições
de você ser competitivo, a solução é colocar algumas barreiras para igualar a competitividade". A Fidalga, junto
com outros setores, é autora
de um dos primeiros pedidos
de salvaguarda contra importações chineses analisados
pelo governo brasileiro.
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