São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 2006

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Empresa de SP passa por conjunto de problemas apontados pela Fiesp

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fidalga Escovas é um exemplo de empresa que sofre com os problemas que, diz a Fiesp, abatem a indústria nacional. Produtora de escovas para cabelos, ela paga uma carga tributária e trabalhista que considera muito elevadas, opera em país com problemas de infra-estrutura e, caso precise de crédito, tem que pagar uma das taxas mais altas do mundo.
A empresa emprega hoje cem funcionários. Em 1998, auge de produção, empregava cerca de 200. Desde aquele ano, as importações chinesas mais e mais tomavam conta do mercado, roubando espaço da Fidalga.
Manoel Miguez, sócio da indústria de escovas, diz que não há nada de errado com sua linha de produção. Em termos comparativos, a Fidalga é tão competitiva quanto seus pares chineses, afirma. "Nosso problema está da porta da fábrica para fora", diz, repetindo bordão comum entre os empresários que reclamam do alto custo de operar uma indústria no Brasil. "O que está nos matando é a tristeza de que a solução não está na sua mão", diz ele.
A solução, diz ele, é proteger a indústria local. Não é o ideal, admite o industrial, mas é o que pode ser feito. "Já que o país não dá condições de você ser competitivo, a solução é colocar algumas barreiras para igualar a competitividade". A Fidalga, junto com outros setores, é autora de um dos primeiros pedidos de salvaguarda contra importações chineses analisados pelo governo brasileiro.


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