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EMPRÉSTIMO
Juro de crédito consignado a aposentado pode não ter teto
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo amenizou o discurso e pode engavetar a
idéia de fixar teto para os juros cobrados dos aposentados nas operações do crédito
consignado. Ontem, após
reunião dos ministérios do
Trabalho e da Previdência
com representantes das instituições financeiras, ficou
decidido que elas apresentarão proposta de "auto-regulação" na próxima semana.
Na sexta passada, o ministro Nelson Machado (Previdência) afirmara que o governo iria fixar um teto para
os juros do crédito consignado dos aposentados. As instituições que não estivessem
dispostas a cumprir tal teto,
disse ele, ficariam de fora dos
convênios que permitem a
realização das operações. A
medida atendia um pedido
das centrais sindicais.
"Os bancos não gostaram
da idéia de fixar um teto e
acham melhor a livre concorrência. Eles vão procurar
uma auto-regulação e nos
propor alguma coisa na terça-feira, quando teremos
uma nova rodada de conversa", disse ontem o ministro.
O ministro do Trabalho,
Luiz Marinho, remendou as
declarações do colega da Previdência, afirmando que a
possibilidade de fixar um limite máximo para os juros
não está descartada. "O teto é
uma possibilidade que estava
e está colocada, em uma decisão com os bancos ou sem
eles", acrescentou Marinho.
O vice-presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Fábio Barbosa, disse que a auto-regulação buscará ajustar o que ele
chamou de "pontos fora da
curva". "Os bancos que têm
os menores juros são os que
têm o maior percentual de
operações de crédito. Esse
não é um problema como um
todo, existem apenas alguns
pontos fora da curva."
A análise dos dados da Previdência não confirma, porém, as afirmações do representante dos bancos. O
HSBC é a instituição que oferece a melhor taxa nos empréstimos de 36 meses
-2,6% ao mês. O banco, no
entanto, não aparece na lista
das 20 instituições que mais
emprestam aos aposentados.
O HSBC figura no 31º lugar.
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