|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELETROBRÁS
Estatal quer usar energias alternativas
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A estatal federal Eletrobrás gastará US$ 600 milhões por ano para adquirir energia produzida por
geradores privados a partir de
fontes alternativas -eólica (dos
ventos), biomassa (de resíduos
orgânicos, como bagaço de cana)
e PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas).
Como parte de um programa
do governo para estimular essas
formas de geração, a Eletrobrás
selecionou 126 projetos privados
com capacidade de 3.300 MW,
energia suficiente para suprir as
necessidades de cerca de 3 milhões de famílias de classe média.
As empresas, que no conjunto investirão R$ 8,6 bilhões, vão instalar unidades até o final de 2006.
Para viabilizar os projetos, a
Eletrobrás garantirá a compra da
energia por 20 anos, e as empresas
receberão financiamento do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As unidades entrarão em
operação até 2006.
O novo presidente da companhia, Silas Rondeau, disse que o
preço pago será de US$ 50 a US$
60 por MWh. É um preço maior
do que o que a Eletronorte (subsidiária da Eletrobrás) cobra da Albrás, da Vale do Rio Doce.
Embora num tom mais moderado, Rondeau -cuja indicação
foi atribuída ao PMDB, especialmente ao presidente do Senado,
José Sarney (AP)- continuou
defendendo duas das principais
bandeiras de seu antecessor, Luiz
Pinguelli Rosa.
São elas: a permissão de que a
estatal possa ser majoritária em
novos projetos e a contabilização
integrada das metas de superávit
primário de Itaipu e da Eletrobrás. Hoje, elas são separadas. Para 2004, a meta da Eletrobrás é de
R$ 1 bilhão. A de Itaipu, de R$ 4
bilhões.
Segundo Rondeau, a "vontade
do grupo é ter uma participação
mais efetiva" na expansão do setor elétrico e mostrar ao governo
que a Eletrobrás têm condições de
aumentar sua participação induzindo investimentos privados e
atraindo capital externo.
Apesar de estar fora do PND
(Programa Nacional de Desestatização) desde o início do ano, há
uma "orientação de natureza política do governo", segundo ele,
para a estatal ter, no máximo,
49% de participação em novos
empreendimentos.
Dois projetos de usinas hidrelétricas interessam à Eletrobrás
-um no Rio Madeira e o de Belo
Monte, cuja capacidade será de
5.500 MW.
A estatal também quer investir
em duas linhas de transmissão:
uma para ligar Manaus à usina de
Tucuruí, e outra, Mato Grosso a
Rondônia e ao Acre.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Frase Índice
|