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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Setor eletroeletrônico é o mais rentável na Bolsa
De todos os setores da economia que têm empresas negociadas na Bovespa, o que apresentou maior rentabilidade até o
último dia 21 foi o de eletroeletrônicos, com variação de
111,79%, e o último da lista foi o
de petróleo e gás, com 7,28%
-mesmo assim, ficou acima de
todos os investimentos de renda fixa no mesmo período.
O segundo pior resultado foi
o de transporte e serviços, no
qual estão as companhias aéreas, com rentabilidade de
8,77%.
Além dos eletroeletrônicos,
também foram destaques os seguintes setores: química
(63,44%), siderurgia (48,43%),
têxtil (39,53%) e mineração
(39,37%).
Uma observação interessante é que os bancos, que normalmente são destaque na Bolsa,
registraram, até agora, uma
rentabilidade (16,36%) abaixo
da Bovespa (22,90%).
Também ficaram abaixo do
índice Bovespa os setores de telecomunicações (19,70%), papel e celulose (16,27%), alimentos e bebidas (14,71%) e comércio (14,06%).
O estudo, elaborado pela
Economática, mostra claramente que muitos setores foram beneficiados pela sobrevalorização do câmbio.
O setor eletroeletrônico, por
exemplo, é altamente importador de peças e componentes e,
portanto, o dólar baixo favorece suas contas.
"A queda do dólar beneficiou
muitos setores", diz o economista Einar Rivero, gerente de
relacionamento institucional
da Economática.
Para medir a rentabilidade
dos setores, a Economática
usou o mesmo princípio do índice da Bovespa. Ou seja, a rentabilidade dos setores foi calculada levando em conta a sua liquidez. O papel com mais liquidez tem um peso maior.
O resultado ruim do setor de
petróleo e gás se deve essencialmente aos números da Petrobras até agora, que frustraram as expectativas do mercado financeiro. A Petrobras neste ano perdeu para a Vale do
Rio Doce o título de empresa
mais lucrativa.
NO FUTURO
Estratégia brasileira deve ser ter China como melhor amiga
Famoso por ter previsto
transformações econômicas
nos anos 80, como a evolução
para a sociedade da informação, aspectos da globalização da
economia e o surgimento de redes que mudariam o acesso à
informação, o americano John
Naisbitt, 78, acaba de lançar no
Brasil "O Líder do Futuro"
(GMT, 288 págs).
Neste livro, comenta os rumos da comunicação e o declínio econômico inevitável da
Europa, que, segundo ele, se
tornará um "parque temático
histórico" para americanos e
asiáticos. Para o Brasil, ele profetiza que a prioridade econômica deve estar na educação.
Em 1982, ele publicou o bestseller "Megatendências", que
vendeu 9 milhões de cópias.
FOLHA- Você pode antecipar alguma mudança no Brasil?
JOHN NAISBITT- Eu não vejo nenhuma mudança no Brasil enquanto reformas econômicas
sérias não sejam efetivadas, assim como uma reforma educacional. Hoje, a educação deve
ser a prioridade brasileira.
FOLHA- Nesta sua vinda ao Brasil,
recentemente, viu que os escândalos de corrupção estão em pauta novamente. O país vai viver com esta
situação até quando?
NAISBITT- Isso só depende dos
brasileiros e do que vão fazer
para evitar isso. Ninguém pode
fazer isto por eles.
FOLHA- E a China?
NAISBITT- O Brasil deve ver a
China como uma oportunidade, não como uma ameaça. A
estratégia brasileira deve ser
fazer da China sua melhor amiga. É preciso fazer negócios,
joint ventures com esse país,
especialmente na indústria automobilística.
FOLHA- No livro, você afirma que
estamos testemunhando o lento
fim da cultura do jornal, que a importância dessa mídia na vida das
pessoas está em queda. Como deve
evoluir este negócio?
NAISBITT- Todas as mídias, antigas e novas, estão passando
por um momento de grandes
mudanças. O resultado, em detalhes, é incerto, mas me parece claro que os jornais vão continuar sendo a parte mais importante. Nenhum outro meio
se assemelha ao jornalismo
num mundo em mudanças.
FOLHA- Como os países irão enfrentar o aquecimento global?
NAISBITT- Devemos começar a
limpar o ar e água agora. É muito fácil para os políticos falar do
problema com projeções para
2040 ou 2050.
Cresce uso de biometria em segurança
Didier Chaudun, executivo responsável pela área de
segurança da saúde da Sagem Orga, esteve no Brasil
para apresentar as novidades da empresa em tecnologia para segurança e identificação.
Entre os principais desenvolvimentos da área, o executivo destacou o aumento
do uso da biometria no setor.
No Brasil, a empresa tem
fábrica em Taubaté, com capacidade produtiva de 100
milhões de cartões por ano
(com ou sem chip).
O grupo Safras, que é controlador da Sagem Orga,
atualmente está presente
em 30 países e tem faturamento de 10 bilhões de euros ao ano.
QUÍMICOS
Em maio, as vendas em
dólares do setor de distribuição de produtos químicos e
petroquímicos tiveram alta
de 12,9% na comparação
com abril, segundo a Associquim (associação do setor).
A média das vendas em reais
atingiu 10,7% no mesmo período de comparação. Espera-se que junho alcance expansão de 4% nas vendas em
dólares ante maio. O primeiro semestre pode fechar
com alta de 6% nas vendas
acumuladas em relação a
igual período de 2006.
HIDRELÉTRICA
O Banco do Brasil finaliza
nos próximos 30 dias a contratação de financiamentos
mediante repasse de recursos do BNDES para a construção de cinco Pequenas
Centrais Hidrelétricas às
margens do rio Juruena, em
Mato Grosso. A operação,
estruturada pelo BB, envolve recursos da ordem de
R$ 360 milhões para pagamento em 12 anos. As Pequenas Centrais Hidrelétricas financiadas terão potência instalada total de 91,4
megawatts, suficiente para
atender o consumo médio
de 600 mil famílias a 100
kW/h mês.
ECOLÓGICOS
Os funcionários da rede de
artigos naturais e orgânicos
Mundo Verde usarão, a partir deste mês, camisas feitas
com fibras de garrafas PET.
As 4.600 peças são patrocinadas pela Redecard.
NA LATA
A medição de maio do AC
Nielsen confirmou a tendência de queda de participação de mercado do Guaraná Antarctica, tanto na versão regular quanto na diet.
Na região metropolitana de
São Paulo, principal mercado do país, a franquia Guaraná Antarctica perdeu 2,1
pontos percentuais na comparação com maio do ano
passado. A versão regular
perdeu 1,6 ponto percentual,
enquanto a diet teve queda
de 0,5 ponto percentual. Em
um ano, a franquia Guaraná
Antarctica perdeu 0,9 ponto
percentual.
PAPELADA
A asiática APP (Asia Pulp & Paper), fabricante de papel
e celulose, desembarca no Brasil, em sua primeira investida na América Latina. No começo do ano, abriu um escritório em SP. A primeira operação direta será comandada
por Geraldo Ferreira, ex-Ripasa e ex-Suzano, que deve estimular as vendas para uso editorial. "No Brasil não tem taxa de importação para a linha editorial", diz.
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