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Lista negra de
investidores
gera polêmica
DA REPORTAGEM LOCAL
A possibilidade de especular com as ações durante a
abertura de capital na Bolsa
chama tanto a atenção que
agentes do mercado estudam
a possibilidade de criar um
banco de dados para excluir
do negócio os chamados
"flippers" -investidores que
entram no IPO (oferta pública de ações, na sigla em inglês) para vender o papel
após o início dos negócios.
A idéia seria montar um
banco de dados com o histórico do comportamento dos
"flippers", que poderiam assim perder a preferência para outros investidores na hora de reservar ações.
Uma das mais polêmicas
propostas já cogitadas no
mercado de ações -a de coibir os "flippers"- encontra
defensores entusiastas e
opositores igualmente motivados. Os defensores alegam
que seria uma forma de permitir que as ações caiam nas
mãos de investidores de longo prazo, o objetivo de capitalização das empresas.
Já os opositores falam que
seria impossível identificar
com precisão quando um investidor estaria mal-intencionado apenas pelo comportamento nos IPOs. Sem
falar que o mercado precisa
da liquidez desses investidores para poder operar.
Na semana passada, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários, Marcelo
Trindade, disse que a área
técnica da autarquia estuda
se a identificação dos "flippers" não configuraria violação de sigilo bancário. "Temos de estudar como está o sigilo bancário em relação à
proposta. Pedimos à Bovespa que entregasse os pareceres jurídicos para análise."
Durante o encontro de
profissionais de relações
com investidores, o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano, afirmou que a
proposta de criação desse
banco de dados partiu do
próprio mercado, especialmente das empresas que
abrem capital, que acabam
perdendo acionistas por conta dos "flippers". Ele afirmou
que a exclusão só acontecerá
se for a vontade das empresas nos IPOs.
Lucy Sousa, presidente da
Apimec São Paulo (associação dos analistas), recomenda que o investidor não tenha visão imediatista da valorização da ações, uma
aposta que pode não dar certo. "Não é para gente que não
é profissional do mercado."
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