São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Volume total de crédito no país atinge 36,5% do PIB em maio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O volume total de crédito no Brasil atingiu 36,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em maio. Foi o melhor resultado desde janeiro de 2005, quando o estoque de financiamento representou 36,8% do PIB. Os financiamentos das pessoas físicas somaram 12,4% do PIB, o mais alto da história.
O BC espera que o estoque total de empréstimos chegue a 40% do PIB no final do ano. Somando os financiamentos para pessoas físicas e jurídicas até maio, o crédito no Brasil chegou a R$ 1,044 trilhão.
Apesar do crescimento de 32,1% do crédito voltado para pessoas físicas nos últimos 12 meses até maio, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, acredita que o ritmo de crescimento está se desacelerando desde março. Em maio, o volume total de crédito de pessoas físicas cresceu 2,4% em relação ao mês anterior, puxado principalmente pelas operações de leasing, que cresceram 8,9% na mesma comparação. Em abril, o crescimento comparado com o mês anterior foi de 2,7%.
Segundo o BC, o número de pessoas físicas endividadas no país até fevereiro era de 15,6 milhões -alta de 47% em 26 meses. São pessoas com dívidas superiores a R$ 5.000. Para o BC, a taxa de adimplência, pessoas que pagam suas contas em dia entre os que têm dívidas mais altas, é de 95%, maior portanto que a média das pessoas físicas. "Tá com cara de desaceleração do crédito das pessoas físicas. Está havendo uma acomodação", disse Lopes.
Segundo ele, as famílias estão mais conservadoras na tomada de crédito desde março, um mês antes do início do aumento da Selic. "Há uma cautela por parte dos tomadores e também por quem concede."
O economista-chefe do SLW, Carlos Thadeu de Freitas Filho, lembra que em março os bancos já estavam repassando aos clientes a expectativa de elevação dos juros. Por isso, houve desaceleração do ritmo de aumento. Mas ele prevê que o ritmo forte de oferta de financiamentos deverá voltar quando o ciclo de alta dos juros terminar. "Esse ajuste de desaceleração é temporário. Quando este ciclo terminar, os bancos vão querer acelerar sua participação no mercado de crédito."


Texto Anterior: CPMF: Aposentados do INSS vão ser descontados no pagamento de julho
Próximo Texto: País tem o 3º maior avanço de milionários
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.