São Paulo, quinta-feira, 25 de junho de 2009

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Bolsa segue EUA e fecha pregão com baixa de 0,3%

Estrangeiros, que já sacaram R$ 1,4 bi, travam a Bovespa

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após subir e manter-se em terreno positivo nas primeiras horas de pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo perdeu ímpeto com o esfriamento do mercado acionário norte-americano. Com isso, terminou o dia em baixa de 0,28%.
Em Nova York, o índice Dow Jones, um dos principais do mercado acionário americano, também recuou 0,28%.
Os mercados entraram no vermelho depois de o Fed (banco central dos EUA) concluir sua reunião apontando a manutenção da taxa básica do país em uma faixa entre 0% e 0,25% anuais. Para alguns analistas, o tom da nota divulgada após o encontro levou investidores a vislumbrarem uma possibilidade maior de elevação dos juros em um futuro não tão distante. E um cenário de juros mais altos tira a atratividade das ações.
A Bovespa chegou a marcar ganhos de 1,9%. Mas o bom momento não durou muito. Sem compras mais expressivas por parte dos investidores estrangeiros, responsáveis por aproximadamente 35% do total movimentado, fica difícil de a Bolsa retomar a rota de alta vivenciada nos últimos meses.
No mês, a saída de capital externo tem sido bastante nociva para o índice Ibovespa (que reúne as 65 ações mais negociadas), que acumula desvalorização de 6,63% em junho.
O saldo das operações feitas com capital externo no pregão da Bovespa tem piorado a cada dia. Até o último dia 19, o resultado estava negativo em R$ 1,44 bilhão -o que faz de junho, até o momento, o pior mês desde outubro passado, quando o agravamento da crise espantou os investidores da Bolsa.
"A Bolsa vai ficar devagar enquanto os estrangeiros não retornarem", afirma Luiz Roberto Monteiro, assessor para investimentos da corretora Souza Barros. "Se o capital externo não voltar, a tendência é de o mercado acionário ficar nesse patamar atual ou mesmo cair."

Petrobras e Vale
No pregão de ontem, a ação preferencial da estatal Petrobras terminou com baixa de 1,27%. O papel preferencial "A" da mineradora Vale teve queda de 2,35%.
Os papéis do Bradesco, um dos principais controladores da Visanet, que está em processo de abertura de capital, lideraram o giro no dia, com 19,7% do total. A ação fechou estável.
O dólar, que chegou a descer para R$ 1,962 na mínima, reverteu a rota e terminou em leve alta, de 0,15%, a R$ 1,985.


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