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Bolsa segue EUA e fecha pregão com baixa de 0,3%
Estrangeiros, que já sacaram
R$ 1,4 bi, travam a Bovespa
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após subir e manter-se em
terreno positivo nas primeiras
horas de pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo perdeu ímpeto com o esfriamento do
mercado acionário norte-americano. Com isso, terminou o
dia em baixa de 0,28%.
Em Nova York, o índice Dow
Jones, um dos principais do
mercado acionário americano,
também recuou 0,28%.
Os mercados entraram no
vermelho depois de o Fed (banco central dos EUA) concluir
sua reunião apontando a manutenção da taxa básica do país
em uma faixa entre 0% e 0,25%
anuais. Para alguns analistas, o
tom da nota divulgada após o
encontro levou investidores a
vislumbrarem uma possibilidade maior de elevação dos juros
em um futuro não tão distante.
E um cenário de juros mais altos tira a atratividade das ações.
A Bovespa chegou a marcar
ganhos de 1,9%. Mas o bom momento não durou muito. Sem
compras mais expressivas por
parte dos investidores estrangeiros, responsáveis por aproximadamente 35% do total movimentado, fica difícil de a Bolsa retomar a rota de alta vivenciada nos últimos meses.
No mês, a saída de capital externo tem sido bastante nociva
para o índice Ibovespa (que
reúne as 65 ações mais negociadas), que acumula desvalorização de 6,63% em junho.
O saldo das operações feitas
com capital externo no pregão
da Bovespa tem piorado a cada
dia. Até o último dia 19, o resultado estava negativo em R$ 1,44
bilhão -o que faz de junho, até
o momento, o pior mês desde
outubro passado, quando o
agravamento da crise espantou
os investidores da Bolsa.
"A Bolsa vai ficar devagar enquanto os estrangeiros não retornarem", afirma Luiz Roberto Monteiro, assessor para investimentos da corretora Souza Barros. "Se o capital externo
não voltar, a tendência é de o
mercado acionário ficar nesse
patamar atual ou mesmo cair."
Petrobras e Vale
No pregão de ontem, a ação
preferencial da estatal Petrobras terminou com baixa de
1,27%. O papel preferencial "A"
da mineradora Vale teve queda
de 2,35%.
Os papéis do Bradesco, um
dos principais controladores da
Visanet, que está em processo
de abertura de capital, lideraram o
giro no dia, com 19,7% do total.
A ação fechou estável.
O dólar, que chegou a descer
para R$ 1,962 na mínima, reverteu a rota e terminou em leve alta, de 0,15%, a R$ 1,985.
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