São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Resultado engloba 20 primeiros dias de julho; no acumulado do ano, saldo é negativo em R$ 681,44 mi

Estrangeiro tira R$ 288,6 mi da Bolsa no mês

DA REPORTAGEM LOCAL

O investidor estrangeiro continua a deixar o mercado de ações brasileiro neste mês, como analistas previam. Nos 20 primeiros dias de julho, a Bovespa registrou saídas de R$ 288,644 milhões em recursos externos.
O valor é resultado de compras de R$ 1,442 bilhão e de vendas de R$ 1,731 bilhão. Nos 20 primeiros dias de junho, a saída foi mais forte, de R$ 769,347 milhões, mas o volume movimentado foi bem maior -houve R$ 2,060 bilhões em compras e R$ 2,829 bilhões em vendas. Os números mostram o esvaziamento do mercado de ações brasileiro, em decorrência da forte crise internacional.
No ano, o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa está negativo em R$ 681,44 milhões.
Empresas norte-americanas, até então confiáveis, maquiaram resultados financeiros, o que abalou a confiança dos investidores nas companhias e, em decorrência, nos mercados mundiais.
A Bolsa teve um dia positivo ontem, acompanhando a recuperação dos mercados pelo mundo. O Ibovespa, que reúne as 57 ações mais negociadas do pregão, subiu 1,96%, para 9.937 pontos. O giro financeiro, de R$ 632,143 milhões, foi o maior do mês.
O desempenho de ontem pode significar algum alento para este mercado, segundo um operador. Ele afirma que alguns bancos foram às compras, já avaliando que muitas ações estão com preços muito baratos e convidativos. Caso dos papéis dos bancos Bradesco e Itaú, por exemplo.
Mas ele avalia que apesar do alívio de ontem, a forte alta das Bolsas americanas está mais para uma leve correção do que para uma indicação de nova tendência para os negócios. A desconfiança generalizada está longe de ser dissipada.

Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para os juros caíram um pouco. Os contratos para janeiro de 2003, que concentram o maior número de negócios, passaram dos 22,55% da terça-feira para 22,19%.
A divulgação da ata do Copom teve pouca repercussão entre os analistas e suscitou algumas críticas: "A ata trouxe argumentos excelentes, mas para sustentar a manutenção, não a queda das taxas", afirma Guilherme da Nóbrega, do banco Fibra.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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