|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Resultado engloba 20 primeiros dias de julho; no acumulado do ano, saldo é negativo em R$ 681,44 mi
Estrangeiro tira R$ 288,6 mi da Bolsa no mês
DA REPORTAGEM LOCAL
O investidor estrangeiro continua a deixar o mercado de ações
brasileiro neste mês, como analistas previam. Nos 20 primeiros
dias de julho, a Bovespa registrou
saídas de R$ 288,644 milhões em
recursos externos.
O valor é resultado de compras
de R$ 1,442 bilhão e de vendas de
R$ 1,731 bilhão. Nos 20 primeiros
dias de junho, a saída foi mais forte, de R$ 769,347 milhões, mas o
volume movimentado foi bem
maior -houve R$ 2,060 bilhões
em compras e R$ 2,829 bilhões
em vendas. Os números mostram
o esvaziamento do mercado de
ações brasileiro, em decorrência
da forte crise internacional.
No ano, o saldo de investimento
estrangeiro na Bolsa está negativo
em R$ 681,44 milhões.
Empresas norte-americanas,
até então confiáveis, maquiaram
resultados financeiros, o que abalou a confiança dos investidores
nas companhias e, em decorrência, nos mercados mundiais.
A Bolsa teve um dia positivo ontem, acompanhando a recuperação dos mercados pelo mundo. O
Ibovespa, que reúne as 57 ações
mais negociadas do pregão, subiu
1,96%, para 9.937 pontos. O giro
financeiro, de R$ 632,143 milhões,
foi o maior do mês.
O desempenho de ontem pode
significar algum alento para este
mercado, segundo um operador.
Ele afirma que alguns bancos foram às compras, já avaliando que
muitas ações estão com preços
muito baratos e convidativos. Caso dos papéis dos bancos Bradesco e Itaú, por exemplo.
Mas ele avalia que apesar do alívio de ontem, a forte alta das Bolsas americanas está mais para
uma leve correção do que para
uma indicação de nova tendência
para os negócios. A desconfiança
generalizada está longe de ser dissipada.
Juros
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros caíram um pouco. Os
contratos para janeiro de 2003,
que concentram o maior número
de negócios, passaram dos
22,55% da terça-feira para
22,19%.
A divulgação da ata do Copom
teve pouca repercussão entre os
analistas e suscitou algumas críticas: "A ata trouxe argumentos excelentes, mas para sustentar a manutenção, não a queda das taxas",
afirma Guilherme da Nóbrega, do
banco Fibra. (ANA PAULA RAGAZZI)
Texto Anterior: Empresas: S&P rebaixa classificação da Globopar Próximo Texto: O Vaivém das Commodities Índice
|