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São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2003

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Para Palocci, recuo não é problema apenas do Brasil, mas de todo o mundo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) afirmou ontem que a retração dos investimentos estrangeiros diretos no país não é um problema apenas do Brasil. Segundo ele, no mundo inteiro há um movimento de queda muito grande nos investimentos.
"É um problema mais amplo, um problema da economia mundial", afirmou. Palocci disse que o governo brasileiro está buscando trabalhar uma série de coisas para incentivar o ingresso desses recursos no país, como a definição do marco regulatório.
Somente no primeiro semestre deste ano, os investimentos estrangeiros no país registraram queda de 63% em relação ao mesmo período de 2002.
Ele ressaltou, no entanto, que a redução dos investimentos vem sendo acompanhada de um aumento das captações por parte dos bancos, que têm tido uma extensão de prazo "significativa". "As captações estão resolvendo o problema da queda dos investimentos estrangeiros diretos."
Sobre a possibilidade de o governo brasileiro vir a renovar o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para suprir essa carência de recursos externos, Palocci disse que ainda não há decisão sobre esse assunto, que ainda será analisado no futuro.
O ministro disse que o modelo de acordo estabelecido com o FMI pelo governo Lula permitiu ao país autonomia na condução da política econômica, sem que isso significasse menor apoio do organismo internacional.
Na avaliação de Palocci, o Fundo tem visto as revisões do acordo com o Brasil de forma tranquila e a tendência é a de que elas sejam cada vez mais simplificadas. A quarta revisão começa na próxima semana, quando a missão do FMI chega ao Brasil.
"Essa nova relação com o FMI foi benéfica", afirmou.


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