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Para Palocci, recuo não é problema
apenas do Brasil, mas de todo o mundo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) afirmou ontem que
a retração dos investimentos estrangeiros diretos no país não é
um problema apenas do Brasil.
Segundo ele, no mundo inteiro há
um movimento de queda muito
grande nos investimentos.
"É um problema mais amplo,
um problema da economia mundial", afirmou. Palocci disse que o
governo brasileiro está buscando
trabalhar uma série de coisas para
incentivar o ingresso desses recursos no país, como a definição
do marco regulatório.
Somente no primeiro semestre
deste ano, os investimentos estrangeiros no país registraram
queda de 63% em relação ao mesmo período de 2002.
Ele ressaltou, no entanto, que a
redução dos investimentos vem
sendo acompanhada de um aumento das captações por parte
dos bancos, que têm tido uma extensão de prazo "significativa".
"As captações estão resolvendo o
problema da queda dos investimentos estrangeiros diretos."
Sobre a possibilidade de o governo brasileiro vir a renovar o
acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para suprir
essa carência de recursos externos, Palocci disse que ainda não
há decisão sobre esse assunto, que
ainda será analisado no futuro.
O ministro disse que o modelo
de acordo estabelecido com o
FMI pelo governo Lula permitiu
ao país autonomia na condução
da política econômica, sem que
isso significasse menor apoio do
organismo internacional.
Na avaliação de Palocci, o Fundo tem visto as revisões do acordo
com o Brasil de forma tranquila e
a tendência é a de que elas sejam
cada vez mais simplificadas. A
quarta revisão começa na próxima semana, quando a missão do
FMI chega ao Brasil.
"Essa nova relação com o FMI
foi benéfica", afirmou.
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