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Prévia do IPCA recua e fica abaixo da meta
Taxa em 12 meses diminui para 4,47% em julho, diz IBGE; preços dos alimentos se desaceleram ante junho
DA FOLHA ONLINE
O IPCA-15, prévia da inflação
oficial, registrou alta de 0,22%
em julho, ante elevação de
0,38% em junho, informou o
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Nos últimos 12 meses, a taxa
acumulada de 4,47% ficou abaixo dos 12 meses imediatamente
anteriores, de 4,89%. Em julho
de 2008, o IPCA-15 foi 0,63%. O
centro da meta de inflação para
o ano é de 4,5%, com intervalo
de tolerância de dois pontos
percentuais, para cima ou para
baixo.
Com o índice mais baixo em
julho, o grupo Alimentação e
Bebidas, que passou de 0,70%
para 0,33%, contribuiu com
0,07 ponto percentual no resultado do mês. Já o grupo Habitação (de 0,34% para 0,66%),
com resultado maior em julho,
contribuiu com 0,09 ponto. Os
dois grupos juntos representaram 72% do IPCA-15.
O principal destaque na desaceleração no indicador dos
alimentos ocorreu no item leite
pasteurizado (de 12,20% para
9,25%), que apresentou a maior
contribuição individual: 0,11
ponto percentual. Vale lembrar
que o leite pasteurizado exerceu forte pressão nos índices
anteriores.
De junho para julho, também
se desaceleraram os preços dos
seguintes itens: carnes (de estabilidade para -0,35%), batata
inglesa (de 10,21% para
-12,91%), óleo de soja (de 1,80%
para 0,25%) e pão francês (de
0,27% para -0,45%). Os preços
dos itens arroz (-2,39%), frutas
(-1,80%), cenoura (-14,42%),
feijão preto (-4,57%), hortaliças (-2,17%) e pescados
(-0,59%) mantiveram-se em
queda.
Já o preço do feijão-carioca,
que teve queda de 2,76% em junho, subiu 5,21% em julho. No
mesmo período, o preço dos
ovos passou de queda de 2,73%
para alta de 2,85%, e o do açúcar refinado, de queda de
0,44% para alta de 1,84%.
A variação do grupo Habitação (0,66%) no mês deve-se,
principalmente, à energia elétrica (1,18%), que refletiu o resultado de São Paulo (4,80%),
captando mais da metade do
reajuste de 8,63% concedido a
partir de 4 de julho. Contribuíram também para o resultado
de gás de botijão (1,34%) e aluguel residencial (0,47%).
Quanto aos índices regionais,
o maior foi o de Curitiba
(0,75%), onde os alimentos
apresentaram a maior variação
(0,91%), e o menor foi o de Belém (-0,06%).
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