São Paulo, sábado, 25 de agosto de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

CNI critica conferência do Ministério do Meio Ambiente

Em carta com um forte teor crítico enviada ao Ministério do Meio Ambiente, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) informou que não vai participar neste ano da organização e da realização da 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente. A entidade alega descontentamento com a organização do evento pelo fato de impossibilitar o setor industrial de se manifestar na conferência.
Assinada pelo empresário Robson Andrade, vice-presidente da CNI e presidente do conselho temático permanente de ambiente da entidade, a carta foi encaminhada no último dia 2 para Pedro Ivo de Souza Batista, assessor especial da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Até ontem, a carta não tinha sido respondida.
De acordo com Robson Andrade, que também preside a Federação da Indústria de Minas Gerais, a experiência mostra que a conferência do ambiente acaba se transformando em discussões estéreis e em ambiente por vezes hostil, resultando quase sempre em desgaste necessário e em sensação de inutilidade.
De acordo com o empresário, a crença na proposta de que a conferência construiria um espaço para a formulação de uma agenda nacional do ambiente não se concretizou, a partir de experiências anteriores.
"Nas duas conferências anteriores não houve clima para o diálogo construtivo e para uma interação produtiva entre os diversos interesses nelas representados, compatível com o objetivo de obter-se, de fato, um modelo de desenvolvimento socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente equilibrado", afirmou.
De acordo com o empresário, as pessoas escolhidas pelo Ministério do Meio Ambiente para participar da conferência não têm legitimidade para discutir os temas propostos a respeito do ambiente.
O empresário afirma ainda que o congresso deveria ser um fórum para a discussão de formas de o país se desenvolver sem causar prejuízo ao ambiente, e não um palco para manifestações contrárias aos empreendimentos na área.
Procurado pela Folha, o Ministério do Meio Ambiente não se pronunciou.

análise
Governo falha em auxílio à exportação

A ajuda do governo na exportação de produtos de indústrias se limita às fases mais adiantadas do processo. As ações governamentais privilegiam companhias menores e despreparadas para competir, o que acaba prejudicando o setor.
A análise faz parte de pesquisa da professora do Coppead (UFRJ) Angela da Rocha sobre dois casos de "clusters" -a moda praia carioca e o moveleiro de São Bento do Sul (RS).
Nos dois casos, Rocha diz que as empresas que avançaram sozinhas na internacionalização o fizeram na fase inicial, com dificuldades, e aprenderam por tentativa-e-erro.
As que receberam ajuda, não tinham a mesma competência, design ou qualidade. "Ao interferir, o governo tem um viés a favor de empresas pequenas e despreparadas", afirma.

TRÊS DÉCADAS

Para comemorar seus 30 anos, neste ano, a Rendas e Fricotes, loja especializada em artesanato brasileiro do empresário Marcelo Gueller, inaugura um espaço para expor trabalhos de grupos organizados de comunidades regionais brasileiras. O projeto inaugural será uma homenagem ao designer carioca Renato Imbroisi, que também completa três décadas de carreira dedicadas à consultoria e ao desenvolvimento de produtos com grupos de artesãs de diversas localidades do país. Em exposição estará a coleção do projeto Café Igaraí, de Inbrose com a comunidade de bordadeiras e artesãs de Mococa (SP). A rendas e Fricotes fica localizada na alameda Gabriel Monteiro da Silva, nos Jardins.

FUNDO DO SAMBA
Em evento que reuniu 150 investidores institucionais coreanos, o Itaú lançou na Ásia, na semana passada, o Samba Brazil Fund. Em período de turbulências no mercado internacional, em uma semana, o fundo captou US$ 8 milhões.

BAGAGEM
A OceanAir estréia trajetória em rotas internacionais no dia 31, quando começa a operar para a Cidade do México.

PAULISTAS
O Estado de São Paulo segue ocupando o primeiro lugar no ranking de premiações da Brasilcap, a empresa de capitalização do Banco do Brasil. Durante o mês de julho, foram distribuídos cerca de R$1,1 milhão a 900 clientes do título de capitalização Ourocap. No total, a empresa chegou a pagar R$ 4,7 milhões em prêmios durante esse período, volume que corresponde a 4.516 títulos contemplados em todo o país.

MANUTENÇÃO
A indústria da manutenção vai movimentar R$ 90 bilhões neste ano, segundo a Associação Brasileira de Manutenção. O investimento é 25% maior do que a última edição da sondagem, que é bianual. Foram consultadas companhias como Petrobras, Arcelor Mittal, Magnesita, Vale do Rio Doce, Acesita e Furnas. A pesquisa completa será divulgada no 22º Congresso Brasileiro de Manutenção, em setembro, em Florianópolis.

CORAÇÃO
O Hospital Beneficência Portuguesa, presidido por Antonio Ermírio de Moraes, celebra neste mês a marca de 437 mil cateterismos e angioplastias e entra para a lista dos hospitais que mais realizam procedimentos cardíacos no mundo.

FASHION
Na próxima quinta, a Folic inaugura sua primeira franquia em São Paulo, no Shopping Jardim Sul.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA

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