São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 2002 |
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PAINEL S.A. Otimismo... Para 2003, 65% dos empresários acreditam que suas vendas serão superiores aos resultados apresentados neste ano, segundo pesquisa da Ernst & Young e do Instituto do Empreendedor. Só 3% avaliam que as vendas serão inferiores. ...moderado O crescimento da economia deve ficar entre 1,5% e 3% para 46% dos empresários. O levantamento foi feito considerando o resultado das pesquisas eleitorais de agosto. Aliás, 51% acreditam que o novo governo exercerá um grau médio de influência nos negócios de suas empresas. Sem desculpa Paulo Butori (Sindipeças -sindicato das indústrias de autopeças) diz que nada justifica um dólar a R$ 3,80, nem mesmo a chance de Lula ser eleito no primeiro turno. Para ele, o candidato do PT não apavora, afinal é um homem da produção. Conta 1 O presidente do Sindipeças afirma que mais uma vez a indústria é que vai pagar a conta da especulação do mercado financeiro. A alta do câmbio apenas encarece os insumos. Conta 2 Paulo Saab (Eletros) diz que a alta do dólar deve impactar ainda mais o setor eletroeletrônico, em razão dos componentes importados. A proporção vai depender do tempo em que o dólar permanecer nesse patamar. In loco Patrick Doyle, presidente internacional da Domino's, chega ao Brasil nesta semana para vistoriar pessoalmente as duas lojas da rede de pizzarias que serão inauguradas em outubro, em São Paulo. Expansão Cameron Burnet, vice-presidente da rede jamaicana SuperClubs, vem ao Brasil, em outubro, anunciar a construção de um novo hotel na praia de Cumbuco (CE). Braço americano A brasileira MRV Engenharia irá abrir em novembro, na Flórida (EUA), a MRV Internacional Corporation. O braço americano da empresa irá investir nos dois primeiros meses US$ 4,5 milhões em construções. Transparência A partir do encerramento do terceiro trimestre deste ano, a Brasil Telecom irá divulgar o seu EVA (Valor Econômico Agregado). Será a primeira empresa brasileira de telecomunicação a adotar essa medida. E-mail - guilherme.barros@uol.com.br ANÁLISE Meno male
É melhor um aumento do dólar do que da taxa de juros, na avaliação do economista Roberto Macedo (FEA-USP). Apesar da desvalorização do real, haverá um mínimo de crescimento econômico, com um aumento do PIB perto de 1,5% neste ano.
Em 1998, quando o câmbio era fixo, o governo teve de recorrer a uma taxa de juros superior a 45% para continuar a atrair os investimentos externos e o PIB
cresceu apenas 0,13%. Agora, se a taxa de juros não cai, pelo menos não sobe. O câmbio alto mantém os investimentos externos e pode ajudar a produção.
"A desvalorização do real não é boa, mas, dos males, é o menor." |
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