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RETOMADA
Na comparação com o ano passado, aumento é de 10,4%, aponta Fiesp
Atividade industrial de SP
tem alta de 1,8% em agosto
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Novos dados anunciados ontem
pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
mostram uma alta de 10,4% na
atividade industrial paulista em
agosto, em relação a igual mês de
2003, e de 1,8% sobre julho -mês
em que a produção já estava elevada. Pela primeira vez no ano
houve queda nas exportações em
São Paulo em um mês.
Agosto registrou retração de
1,3% no total de itens industrializados embarcados pela indústria
de São Paulo, em comparação a
julho. O maior consumo no mercado interno -assim como a redução na demanda de certos segmentos e produtos fora do Brasil- levou a essa mudança nos
números. No acumulado do ano,
a taxa de expansão nos embarques ainda é alta, mesmo que tenha registrado leve desaceleração.
De janeiro a agosto, o crescimento nas exportações foi de
35,4% sobre o mesmo intervalo
de 2003. Até julho, o crescimento
era de 35,9%.
"Ainda aguardamos um aumento no consumo interno e
queda na velocidade de expansão
da indústria nas exportações, por
conta na queda do preço no exterior e do esgotamento de certos
mercados", diz Cláudio Vaz, presidente eleito do Ciesp (Centro
das Indústrias do Estado de São
Paulo). "Mas acreditamos que a
venda externa ganhe fôlego crescendo em outros mercados não
explorados", afirmou.
Após um longo período sem
apresentar dados por conta de
uma reformulação metodológica
em sua pesquisa de conjuntura, a
federação publicou ontem esses
números, que confirmam o movimento de retomada contínua na
atividade desde maio. A pesquisa,
que é mensal, foi interrompida
em março, e ontem foram apresentados todos os números.
No acumulado do ano, até agosto, o INA (Indicador de Nível de
Atividade) registra alta de 7% em
relação ao mesmo período do ano
passado.
Já é aguardada uma redução no
ritmo de expansão da indústria
para os próximos meses, segundo
a entidade. "Como o desempenho
industrial neste último trimestre
terá de ser comparado com o registrado no ano passado -quando as fábricas tiveram uma aceleração na produção-, a tendência
é que as taxas sejam "menos exuberantes", disse Cláudio Vaz.
"Se não tivéssemos tido esse aumento na taxa de juros neste mês,
assim como o aumento na meta
de superávit fiscal do governo, esse provável aumento na produção
seria maior", afirmou ele.
No ano, o salário médio real do
trabalhador da indústria cresceu
7,6% sobre os primeiros oitos meses de 2003. As vendas reais (para
mercado doméstico) aumentaram 19,3% no período.
Houve uma discreta expansão
no uso da capacidade instalada da
indústria -utilização das máquinas, a grosso modo. Passou de
82,3% em julho para 82,6% em
agosto. Essa questão é foco de
preocupação do governo porque,
se as empresas atingem o limite, e
a demanda se mantém alta, há risco de pressão inflacionária.
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