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Para consultoria, tensão amplia aversão ao risco
MARCELO SAKATE
DA REDAÇÃO
A tensão política no Brasil
nos últimos dias, às vésperas
das eleições, tem contribuído
para o crescimento da aversão
ao risco por investidores internacionais. A análise é da consultoria americana Emerging
Portfolio, que monitora o comportamento de cerca de 15 mil
fundos no mundo e mais de
US$ 7 trilhões em ativos.
"Os investidores estão preocupados com o fato de o escândalo poder causar conflitos entre os partidos políticos e reduzir as chances de o presidente
Lula, se reeleito, aprovar no
Congresso as reformas para o
crescimento da economia",
afirmou à Folha Brad Durham,
diretor da consultoria.
Segundo ele, ainda que de
forma gradual, a turbulência
política já começa a afetar o
fluxo de recursos externos para
fundos de ações no país. A entrada de recursos em tais fundos, cuja média semanal estava
entre US$ 50 milhões e US$ 60
milhões até o início do mês,
caiu cerca de 5% em cada uma
das duas últimas semanas, o
equivalente a algo de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões.
Mas, apesar da queda, os fundos de ações domésticos ainda
estão na contramão do movimento registrado pelos ativos
de emergentes da mesma classe nas últimas semanas.
Há cerca de um mês, tais fundos de emergentes como um
todo, Brasil incluído, registram
saída de recursos, corrente
que, segundo Durham, está relacionada ao monitoramento
da economia americana.
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