São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2006

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Para consultoria, tensão amplia aversão ao risco

MARCELO SAKATE
DA REDAÇÃO

A tensão política no Brasil nos últimos dias, às vésperas das eleições, tem contribuído para o crescimento da aversão ao risco por investidores internacionais. A análise é da consultoria americana Emerging Portfolio, que monitora o comportamento de cerca de 15 mil fundos no mundo e mais de US$ 7 trilhões em ativos.
"Os investidores estão preocupados com o fato de o escândalo poder causar conflitos entre os partidos políticos e reduzir as chances de o presidente Lula, se reeleito, aprovar no Congresso as reformas para o crescimento da economia", afirmou à Folha Brad Durham, diretor da consultoria.
Segundo ele, ainda que de forma gradual, a turbulência política já começa a afetar o fluxo de recursos externos para fundos de ações no país. A entrada de recursos em tais fundos, cuja média semanal estava entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões até o início do mês, caiu cerca de 5% em cada uma das duas últimas semanas, o equivalente a algo de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões.
Mas, apesar da queda, os fundos de ações domésticos ainda estão na contramão do movimento registrado pelos ativos de emergentes da mesma classe nas últimas semanas.
Há cerca de um mês, tais fundos de emergentes como um todo, Brasil incluído, registram saída de recursos, corrente que, segundo Durham, está relacionada ao monitoramento da economia americana.


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