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Países impõem
restrições ao
mecanismo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O CCR foi criado em
1965 pela extinta Alalc
(Aliança Latino Americana de Livre Comércio).
Na época, era uma política de caráter cambial,
que funcionava apenas como uma alternativa à falta
de dólares, mas fomentou
o comércio. Em 1980,
61,42% das trocas comerciais da região passaram
pelo sistema, mas em
2005 a proporção caiu para apenas 4,98%.
Nos anos 1980, muitos
governos obrigavam o comércio a passar pelo CCR,
por causa da falta de liquidez. Atualmente, a maioria dos países impõem restrições ao CCR devido ao
risco que os Bancos Centrais assumem.
Em 1982 os bancos centrais da Aladi (Argentina,
Bolívia, Brasil, Colômbia,
Chile, Equador, México,
Paraguai, Peru, Uruguai,
Venezuela) e da República
Dominicana renovaram o
acordo. Os países estabeleceram que o CCR ofereceria transferência, garantias e conversibilidade. Ou
seja, os bancos centrais garantem a conversão imediata para dólares norte-americanos dos pagamentos efetuados por suas instituições em moeda local,
quando o pagamento não
for feito por cruzamento
de crédito e débitos.
Os BCs também devem
honrar os pagamentos das
operações que passam pelo CCR. É o chamado risco
bancário e é por causa dele
que o BC brasileiro é contra o estímulo do mecanismo, por achar que assumir
o risco não é seu papel.
"Os países da América
Latina têm dificuldades
em conseguir garantias,
principalmente para as exportações de serviços, que
são de longo prazo, e o
CCR tem ajudado. O problema é que nem todo país
aceita cursar a operação
pelo CCR por causa da resistência dos Banco Centrais, mas é uma operação
de risco muito pequena,
porque o comércio não pára", disse José Augusto de
Castro, vice-presidente da
Associação Brasileira de
Comércio Exterior (AEB).
Segundo o BC, as operações que passam pelo CCR
não são muito significativas perto do fluxo total de
comércio que o Brasil tem
com países da América Latina. A proporção das exportações para os países
da Aladi que passam pelo
CCR caiu de 10,60% em
1980 para 0,68% em 2004.
Além disso, o BC se diz
atento aos riscos desse tipo de transação, mas ressalta que o CCR não é um
mecanismo que oferece
garantias para exportações e importações propriamente ditas. O risco
diz respeito à possibilidade de o próprio BC do país
importador não efetuar os
pagamentos ao exportador brasileiro.
(CD)
Colaborou NEY HAYASHI DA CRUZ ,
da Sucursal de Brasília
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