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Bolsa recua com cenário ruim e desce a 60 mil pontos
Queda da Bovespa ficou em
0,74%; dólar vai a R$ 1,805
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado global não ajudou
e a Bolsa de Valores de São Paulo quase perdeu o piso dos 60
mil pontos. A baixa de 0,74%
computada nas operações de
ontem levou a Bovespa a encerrar o pregão aos 60.046 pontos.
Quedas marcaram os negócios nos principais centros financeiros. No mercado norte-americano, houve redução de
0,42% no Dow Jones (índice
das 30 ações de maior liquidez).
A Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 1,12%.
Na Europa, a Bolsa de Londres perdeu 1,17%, enquanto
Frankfurt caiu 1,70% e Paris teve recuo de 1,66%.
Números da economia dos
EUA foram os vilões do dia. A
venda de residências usadas
decepcionou ao registrar recuo
de 2,7% em agosto, enquanto
analistas contavam com a expansão do segmento.
A decepção com o mercado
imobiliário, que esfriou os ânimos em relação à retomada da
economia, acabou por enfraquecer ainda mais o preço do
petróleo, que já havia perdido
fôlego na quarta-feira após o
aumento dos estoques de óleo
cru nos Estados Unidos. Ontem
o barril de petróleo recuou
4,5%, para US$ 65,89, o menor
preço em mais de um mês.
Com as commodities em baixa no exterior, as ações de empresas brasileiras ligadas ao desempenho das matérias-primas terminaram em baixa.
As ações de Petrobras, Vale e
Gerdau responderam por 35%
do total negociado ontem. Como os papéis dessas três companhias recuaram, a Bolsa não
conseguiu escapar do vermelho. O setor bancário também
teve desempenho negativo.
Os papéis da Petrobras terminaram com depreciação de
2% (ordinários) e 1,34% (preferenciais). Para Vale PNA, houve
recuo de 1,12%. A ação PN da
Gerdau caiu 1,28%.
"O dado do setor imobiliário
americano gerou mau humor
no mercado, pois o consenso
era de alta mensal de 2,1%. A
queda interrompeu quatro meses consecutivos de variação
mensal positiva. Os mercados
acabaram por inverter a tendência de alta no dia após a divulgação", afirmou José Francisco Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator.
A Bovespa marcou alta durante as primeiras horas de
pregão, com valorização de
0,80% na máxima. Mas enfraqueceu depois da apresentação
dos dados americanos e o índice Ibovespa (das 64 ações mais
negociadas) passou a recuar,
descendo, na mínima, aos
59.600 pontos, o que representou queda de 1,48%.
O mercado de câmbio refletiu o rumo das Bolsas. O dólar
registrou apreciação de 0,95%
diante do real e retomou o patamar de R$ 1,80 -fechou vendido a R$ 1,805. Na quarta-feira, havia recuado para R$ 1,788,
sua menor cotação em um ano.
Ações
A ação da Embraer, que
anunciou que irá realizar uma
emissão de títulos no mercado
internacional, com vencimento
em 2020, foi outra que terminou o pregão em queda. O papel
da empresa perdeu 2,43%.
No setor bancário, que decepcionou ontem, as baixas afetaram todas as ações de maior
peso. Os papéis ordinários do
Itaú Unibanco perderam
1,01%; Bradesco PN recuou
0,69%; e BB ON caiu 0,54%.
Os papéis das empresas de
construção civil também encerraram o dia no vermelho.
Com o mercado menos animado, os investidores têm se desfeito das ações de construtoras
-líderes de ganhos na Bolsa.
Na lista das maiores perdas
do Ibovespa apareceram Rossi
Residencial ON, com depreciação de 3,04%, Cyrela Realt ON,
com baixa de 2,54%, e Gafisa
ON, que recuou 1,66%.
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