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TRABALHO
Trabalhadores da Força param hoje 70 empresas
CUT também deve marcar greve de metalúrgicos por mais reajuste
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem avanço nas negociações salariais, a CUT deve marcar na
próxima semana paralisação nas
empresas do grupo 10 (reúne fábricas de lâmpadas, estamparia,
trefilação entre outras). A informação é da Federação Estadual
dos Metalúrgicos, que representa
13 sindicatos e 250 mil trabalhadores no Estado de São Paulo.
"Desde 2000, temos feito acordo
por empresa porque o grupo 10
cria dificuldades para a campanha salarial. Desta vez tem de sair
acordo coletivo. Entregamos a
pauta há 37 dias", diz Adi dos
Santos Lima, presidente da federação. Esse setor emprega cerca
de 40% dos metalúrgicos. Nova
negociação entre representantes
de patrões e empregados está prevista para a próxima terça-feira.
A CUT rejeitou proposta de reajuste salarial de 7,5% feita ontem
por representantes do grupo 9
(indústrias de máquinas e eletroeletrônicos). O pagamento seria
feito a partir de 1º de novembro
de uma vez só. Para a Força Sindical, o setor ofereceu o mesmo reajuste, mas parcelado em duas vezes a partir de dezembro. Nova
reunião foi marcada para o dia 5
de novembro. As cláusulas sociais
desses trabalhadores estão garantidas até 2003.
Os metalúrgicos da CUT pedem
reajuste para repor as perdas acumuladas nos últimos 12 meses
-previsão de 9,5% a 9,7%, segundo o INPC (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor), mudança da data-base de novembro
para setembro, entre outros itens.
Força Sindical
Os metalúrgicos da Força Sindical vão parar hoje 70 empresas da
Grande São Paulo por uma hora
para pressionar os empresários a
negociar reajustes salariais acima
da inflação. A paralisação deve
ocorrer das 6h às 7h e atingir cerca de 50 mil trabalhadores.
O protesto deve ocorrer em fábricas de todos os setores que negociam com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo -grupos
3 (forjaria e autopeças), 9 (máquinas, eletroeletrônicos e outros), 10
(lâmpadas, estamparia, trefilação
etc), fundição e siderurgia.
Na lista de metalúrgicas que devem parar estão Multibras, Lorenzetti, Rolamentos Fag, BSH
Continental Eletrodomésticos,
Driveway, Irmão Semeraro, Montesanti, Prada, Filizona, Monark,
Atlas, entre outras.
Os metalúrgicos reivindicam
15% de reajuste -inclui reposição das perdas acumuladas nos
últimos 12 meses e aumento real
de 5%, redução da jornada de trabalho em 10%, aumento do piso
salarial, entre outros itens.
"A única proposta que recebemos era a de reajuste de 7,5%. Isso
não repõe nem a inflação", disse
Eleno José Bezerra, do sindicato.
Não houve proposta salarial ontem durante negociação com o
grupo 10. Nova reunião foi marcada para o próximo dia 30.
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