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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa gira R$ 1 bi, chega a subir 2,7% e superar 10 mil pontos, mas queda em NY impede 6ª alta
EUA interrompem recuperação da Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
Após cinco pregões seguidos de
valorização, a Bolsa de Valores de
São Paulo não manteve a tendência e fechou com pequena baixa,
de 0,41%.
Durante o dia, o Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais
negociadas do pregão paulista,
chegou a subir 2,7% e superar os
10 mil pontos -fechou a 9.799.
A queda começou a se definir
no final da tarde, acompanhando
os fechamentos em baixas das
Bolsas dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones, da Bolsa de
Nova York, caiu 2,08%, e a Bolsa
eletrônica Nasdaq, 1,63%.
O resultado não surpreendeu
analistas, uma vez que, de quinta-feira da semana passada até anteontem, a Bovespa havia se valorizado 17,5%.
Como parte de um movimento
normal do mercado, investidores
teriam vendido parte de suas
ações para embolsar os ganhos
com as recentes valorizações.
A leve queda esteve longe de desanimar os investidores, em especial pelo forte volume financeiro
registrado pela Bolsa.
Os negócios com as ações somaram R$ 994,137 milhões. A
média diária do giro da Bolsa em
meses anteriores deste ano é de
cerca de R$ 600 milhões.
Esse aumento do volume financeiro sinaliza a volta do capital à
Bovespa. Papéis de primeira linha
estão muito baratos, após as seguida desvalorizações deste ano.
Segundo operadores, os investidores nacionais e internacionais
estariam voltando às compras.
O banco norte-americano Salomon Smith Barney elevou sua recomendação para as ações brasileiras ontem.
O bom humor voltou ao mercado também por conta de perspectivas mais amenas em relação a
um provável governo do PT.
A intenção manifestada pelo
partido de tratar o mercado acionário como um instrumento de
desenvolvimento econômico teve
forte impacto positivo entre os investidores.
Mercado futuro
As projeções para os juros brasileiros caíram mais uma vez ontem. As taxas para janeiro de
2003, as que concentram o maior
número de negócios, passaram de
23,16% para 22,97%.
Após a manutenção da taxa Selic em 21% ao ano, anunciada na
quarta-feira, o mercado de juros
passou a oscilar menos.
(ANA PAULA RAGAZZI)
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