São Paulo, sexta-feira, 25 de outubro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa gira R$ 1 bi, chega a subir 2,7% e superar 10 mil pontos, mas queda em NY impede 6ª alta

EUA interrompem recuperação da Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

Após cinco pregões seguidos de valorização, a Bolsa de Valores de São Paulo não manteve a tendência e fechou com pequena baixa, de 0,41%.
Durante o dia, o Ibovespa, índice que concentra as 55 ações mais negociadas do pregão paulista, chegou a subir 2,7% e superar os 10 mil pontos -fechou a 9.799.
A queda começou a se definir no final da tarde, acompanhando os fechamentos em baixas das Bolsas dos Estados Unidos.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 2,08%, e a Bolsa eletrônica Nasdaq, 1,63%.
O resultado não surpreendeu analistas, uma vez que, de quinta-feira da semana passada até anteontem, a Bovespa havia se valorizado 17,5%.
Como parte de um movimento normal do mercado, investidores teriam vendido parte de suas ações para embolsar os ganhos com as recentes valorizações.
A leve queda esteve longe de desanimar os investidores, em especial pelo forte volume financeiro registrado pela Bolsa.
Os negócios com as ações somaram R$ 994,137 milhões. A média diária do giro da Bolsa em meses anteriores deste ano é de cerca de R$ 600 milhões.
Esse aumento do volume financeiro sinaliza a volta do capital à Bovespa. Papéis de primeira linha estão muito baratos, após as seguida desvalorizações deste ano.
Segundo operadores, os investidores nacionais e internacionais estariam voltando às compras.
O banco norte-americano Salomon Smith Barney elevou sua recomendação para as ações brasileiras ontem.
O bom humor voltou ao mercado também por conta de perspectivas mais amenas em relação a um provável governo do PT.
A intenção manifestada pelo partido de tratar o mercado acionário como um instrumento de desenvolvimento econômico teve forte impacto positivo entre os investidores.

Mercado futuro
As projeções para os juros brasileiros caíram mais uma vez ontem. As taxas para janeiro de 2003, as que concentram o maior número de negócios, passaram de 23,16% para 22,97%.
Após a manutenção da taxa Selic em 21% ao ano, anunciada na quarta-feira, o mercado de juros passou a oscilar menos.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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