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Déficit e exportações americanas exigirão queda maior do dólar, diz ex-membro do FMI
DA FOLHA ONLINE
A saída para o déficit americano com o exterior passa por
uma nova desvalorização de
20% do dólar ante outras moedas internacionais. A avaliação
é do ex-conselheiro do FMI
(Fundo Monetário Internacional) e atual professor de economia da Universidade da Califórnia Barry Eichengreen.
"O dólar vai precisar perder
valor ainda por algum tempo,
porque começamos com um
déficit em conta corrente impossível [US$ 190,8 bilhões] e
as fábricas americanas continuaram a produzir bens. O único lugar para vender esses bens
agora é no exterior. Isso vai exigir um dólar mais fraco", afirmou ontem em entrevista em
São Paulo.
Palpite
"Desde que atingiu um pico
[de valorização], entre o fim de
2002 e o início de 2003, o dólar
perdeu aproximadamente 20%
de seu valor. Meu palpite é que
o dólar irá perder outros 20%",
acrescentou.
Enquanto considera que
uma desvalorização dessa ordem seria "confortável" para os
EUA, o ex-conselheiro do FMI
vê dificuldades para o Brasil.
"Esse ajuste poderia se dar entre, de um lado, a China, e de
outro, Brasil e União Européia,
com 20% em cada região."
O euro bateu nesta semana o
recorde de valorização ante o
dólar e chegou a ser cotado a
US$ 1,4350.
Eichengreen disse ainda que
"o sinal de recessão mais confiável é o colapso no setor de
construção residencial", referindo-se à crise das hipotecas.
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