São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007

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Déficit e exportações americanas exigirão queda maior do dólar, diz ex-membro do FMI

DA FOLHA ONLINE

A saída para o déficit americano com o exterior passa por uma nova desvalorização de 20% do dólar ante outras moedas internacionais. A avaliação é do ex-conselheiro do FMI (Fundo Monetário Internacional) e atual professor de economia da Universidade da Califórnia Barry Eichengreen.
"O dólar vai precisar perder valor ainda por algum tempo, porque começamos com um déficit em conta corrente impossível [US$ 190,8 bilhões] e as fábricas americanas continuaram a produzir bens. O único lugar para vender esses bens agora é no exterior. Isso vai exigir um dólar mais fraco", afirmou ontem em entrevista em São Paulo.

Palpite
"Desde que atingiu um pico [de valorização], entre o fim de 2002 e o início de 2003, o dólar perdeu aproximadamente 20% de seu valor. Meu palpite é que o dólar irá perder outros 20%", acrescentou.
Enquanto considera que uma desvalorização dessa ordem seria "confortável" para os EUA, o ex-conselheiro do FMI vê dificuldades para o Brasil. "Esse ajuste poderia se dar entre, de um lado, a China, e de outro, Brasil e União Européia, com 20% em cada região."
O euro bateu nesta semana o recorde de valorização ante o dólar e chegou a ser cotado a US$ 1,4350.
Eichengreen disse ainda que "o sinal de recessão mais confiável é o colapso no setor de construção residencial", referindo-se à crise das hipotecas.


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