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TIM e Vivo poderão alinhar estratégias de mercado no futuro, dizem especialistas
MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) definiu
anteontem que as empresas de
telefonia móvel TIM e Vivo não
poderão atuar juntas no mercado brasileiro, mesmo tendo
agora um acionista em comum,
a Telefônica. Analistas, porém,
têm dúvidas sobre eventuais
perdas para o mercado e o consumidor final.
Para Andre Sciarotta, analista do setor de Telecomunicações da consultoria Frost & Sullivan, pode haver no futuro semelhança entre as estratégia
das empresas. "A tendência é
que promoções, como aquelas
que subsidiam aparelhos, tendam a diminuir, como uma maneira não oficial de alinhar posicionamento de mercado."
Sciarotta acredita que as
duas empresas de celular deverão seguir no futuro políticas
de mercado parecidas, com a
intenção de combater outros
concorrentes, como a Claro.
A Anatel determinou o veto à
troca de informações comerciais e de pessoal das duas empresas. "Mas sabemos que a
realidade de mercado é outra e
deverá haver equipes internas
que trocam informações, como
em outras operações desse tipo, mas nada é oficial", diz Álvaro Leal, consultor da IT Data.
Para o consultor, as mudanças não deverão atingir, neste
momento, o consumidor final.
"Não há espaço para aumento
de preços nos serviços de telefonia celular."
Telefônica, TIM e Vivo disseram, via assessoria, que nada
muda nas empresas.
No final de abril, em operação de US$ 5,58 bilhões realizada na Europa, um consórcio de
empresas liderado pela Telefônica comprou a Olimpia, holding controladora da Telecom
Italia. A Anatel analisou a operação sob o ponto de vista das
implicações no mercado brasileiro de telefonia móvel.
A Telefônica é sócia da Vivo
(tem 50% de participação na
empresa, mesmo percentual da
Portugal Telecom), e a Telecom
Italia, dona da TIM. As empresas atuam em todo o país e, juntas, têm 53% do mercado de telefonia móvel.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
ainda terá de dar a palavra final
sobre o negócio, do ponto de
vista da defesa da concorrência.
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