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São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

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JUSTIÇA

Tanzi deixa de ir a tribunal

Fundador da Parmalat pode ter saído da Itália

DA REDAÇÃO

O fundador e ex-presidente do grupo Parmalat, Calisto Tanzi, não se apresentou ontem ao Tribunal de Parma (norte da Itália), onde deveria explicar sua relação com a crise na empresa. Há suspeitas de que o empresário possa ter fugido para outro país.
A Parmalat, oitavo maior grupo industrial da Itália, decidiu pedir concordata após anunciar que não dispõe de caixa para pagar seus débitos e admite ter um buraco no balanço financeiro de 3,95 bilhões (R$ 15 bilhões). O pedido de concordata é uma tentativa de encontrar uma solução para a crise financeira da empresa.
Cerca de 20 executivos podem ser indiciados, segundo informações de agências internacionais. Os diretores são acusados de forjar um documento em que aparecia um depósito de 3,95 bilhões numa agência do Bank of America nas Ilhas Cayman. Segundo o banco, a conta nunca existiu.
Duas equipes de investigadores vão analisar os balanços da companhia a fim de identificar como a empresa teria conseguido falsificar documentos bancários.
Os investigadores conseguiram ontem um mandado para fazer buscas na casa do ex-presidente do grupo. Fontes da Justiça informaram que um dos advogados da família Tanzi ligou da Espanha informando que seus clientes tinham "necessidade de uma pequena pausa para repousar e refletir sobre o que havia ocorrido".


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