PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Os 700 turistas brasileiros que pagaram, no mínimo, US$ 3.300 (R$ 7.425, excluídas as taxas) para fazer um cruzeiro no maior navio do mundo, o Queen Mary 2, só tiveram dor de cabeça até agora.
Três das paradas programadas -em Barbados, nas Ilhas São Cristóvão e Névis (ambas no Caribe) e em Salvador (BA)- tiveram de ser canceladas e o navio chegará com atraso de um dia ao Rio de Janeiro.
Insatisfeitos, alguns dos passageiros ameaçam fazer um motim no transatlântico e dizem que não vão desembarcar no destino programado.
Para conter os ânimos, a empresa que opera o navio, a norte-americana Cunard, diz que reembolsará até 50% do valor pago pela passagem.
O atraso ocorreu porque o transatlântico está com um motor a menos -três dos quatro existentes estão em operação. A avaria foi detectada assim que o navio partiu da Flórida. O motor, porém, não foi consertado e o navio seguiu com capacidade reduzida.
"Muita gente está reclamando, querendo seu dinheiro de volta. Mas trabalho há mais de 25 anos com cruzeiros de alta classe e nunca vi uma empresa deixar o turista na mão", diz Mário Trojman, diretor de vendas da Blue Sea, representante da Cunard no Brasil.
A embarcação partiu dia 16 de Nova York e chegará ao Rio no sábado, 27. Seu próximo destino é o balneário de Valparaíso. Na sexta-feira, 26, estava programado um show com celebridades, que foi cancelado.


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