O ministro da Fazenda, Guido Mantega, viaja para a França na próxima semana para sentir de perto a temperatura da crise financeira global na Europa. Para muitos analistas, a Europa deve ser a região que mais vai sentir os efeitos da desaceleração nos Estados Unidos.
Será também a primeira viagem oficial de Mantega exercendo a presidência do G20, que é o grupo dos países mais ricos do mundo. O principal encontro marcado na agenda de Mantega em Paris será na próxima quinta-feira, com a ministra da Economia da França, Christin Lagarde.
O ministro da Fazenda também terá encontros, em Paris, com José Angel Gurría, presidente da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), e com Michel Pébereau, presidente do BNP Paribas e da associação européia de bancos (a Febraban de lá).
Durante a semana, destoando do Fed, o banco central americano, que elegeu como prioridade o combate à recessão e baixou os juros de forma surpreendente, o Banco Central Europeu tem se mostrado muito mais reticente em adotar a mesma estratégia.
Apesar da forte dependência da Europa em relação aos Estados Unidos, o BCE considera prioritário o combate à inflação, que já alcançou a marca de 3,1% ao ano para uma meta oculta de 2%.
Desde que a crise de financiamento começou nos Estados Unidos, as projeções para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos países europeus têm declinado sensivelmente. Em agosto do ano passado, quando a crise mostrou a cara pela primeira vez, a previsão era um crescimento de 2,3%, para a zona do euro, e de 2,5%, para o Reino Unido. A última pesquisa, de 22 de janeiro, reduziu as projeções para 1,8% e 1,9%, respectivamente.

AGENDA CHEIA
O ano de 2008 promete ser cheio para a NetShoes, de e-commerce de artigos esportivos. Em fevereiro, a empresa lançará novo layout, nova marca e nova loja. Além disso, a NetShoes focará no recém-lançado serviço de consultoria em gestão e planejamento de comércio eletrônico. Com o primeiro cliente, o site NetBolsas (de um dos sócios da Inovathi, de acessórios e bolsas), o serviço conseguiu aumentar em 400% seu faturamento. O último ano também não foi parado para a empresa, que inaugurou a tecnologia "shotcode", de compras via celular.

CONFIRMADO
Alan Kardec é o novo diretor de abastecimento da Petrobras. Seu nome será aprovado no dia 28 pelo Conselho de Administração da estatal.

DE BAR EM BAR
O segmento de cervejas premium teve crescimento de participação de 0,3% na comparação entre novembro e dezembro e a Bohemia teve incremento de 2,3% segundo a Nielsen. As praças de melhor desempenho foram Grande São Paulo, com 0,5%, e Curitiba, com 1,1%.

TIJOLO
A InPar S.A. fechou protocolo de intenções com a Caixa para ser correspondente em negócios imobiliários e viabilizar financiamento em empreendimentos econômicos e super-econômicos, na faixa de renda de até dez salários mínimos. O acordo contempla o autofinanciamento -contratado pelo mutuário- e o financiamento direto à produção -contratado pela construtora. A Caixa deve disponibilizar cerca de R$ 1,8 bilhão para o financiamento à produção e comercialização de até 20 mil unidades habitacionais.

EM ÁRVORE
A editora Jardim dos Livros acaba de lançar um guia com o objetivo de debater a importância de crianças e jovens aprenderem a manter uma vida financeira equilibrada. Intitulado "Dinheiro Não Dá em Árvore" (177 páginas), o livro foi escrito pela executiva Neale S. Godfreyk, especialista em finanças, ex-executiva-chefe do Chase Manhattan Bank, presidente do First Women's Bank e atual principal executiva da instituição Children's Financial Network, voltada para a economia infantil e juvenil.

ARIGATÔ
O consumo de frutas no mercado japonês registrou aumento de cerca de 10% nos últimos cinco anos, com forte preferência pelos produtos exóticos e orgânicos. Os japoneses também consumiram 17,5% a mais em sucos no mesmo período. A Apex-Brasil vai levar empresas fabricantes de polpas, geléias e doces à feira Foodex, a maior da Ásia em alimentos e bebidas, que vai acontecer no Japão em março. Produtos típicos da Amazônia, como castanha, açaí e guaraná, também entraram na lista.

PRIVATE EQUITY
Depois de conduzir operações de fusão e aquisição de R$ 6,5 bilhões em 2007, em operações fechadas e em andamento, a área corporativa do escritório Lefosse, que atua no Brasil em cooperação com a banca internacional Linklaters, faz giro na próxima semana pelos grandes centros americanos para discutir oportunidades com private equities e fundos soberanos. Para Thiago Sandim, sócio da banca, o momento é oportuno para essa categoria de investidores. "Em 2007, foram os IPOs, agora é o private equity."