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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003

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DINHEIRO NOVO

Recursos virão do Bird

Brasil terá US$ 505 mi para reforçar reservas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro deverá receber no final de março US$ 505 milhões do Bird (Banco Mundial) para reforçar as reservas internacionais. Segundo dados do Banco Central, as reservas estavam em US$ 38,5 bilhões no último dia 24.
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto, disse que a intenção do governo é sacar outros US$ 700 milhões que poderão ser disponibilizados pelo banco ainda neste ano.
"É um dinheiro barato e está associado a boas ações. Dá ao país a oportunidade de não ter de ir ao mercado em situação de estresse. É uma injeção direta na veia porque não tem contrapartida em gastos que já não estejam programados", afirmou Canuto.
Os recursos podem ser utilizados para pagamento de dívida externa, por exemplo. Como o governo quer construir indicadores para medir se os programas sociais estão realmente modificando a realidade da população mais pobre, o Bird vai utilizar esses dados quando for analisar novos empréstimos para o país.
"Vamos incluir o monitoramento e a avaliação para ver se os resultados vão ocorrer. Eu não chamaria de condicionalidades, mas o progresso do programa depende de resultados", disse o diretor do Bird para o Brasil, Vinod Thomas.
Apesar de afirmar que o empréstimo negociado ontem não está vinculado à adoção de nenhuma medida por parte do governo brasileiro, Thomas distribuiu uma "agenda" que traz várias sugestões.

FMI
A missão do FMI (Fundo Monetário Internacional), chefiada por Jorge Marquez-Ruarte, teve um encontro, até as 22h45 de ontem, com o ministro Antonio Palocci (Fazenda) e sua equipe. A reunião discutiu a finalização da segunda revisão do acordo com a instituição. Ruarte disse que viajaria hoje, mas a pedido de Palocci ficará mais um dia no país para discutir a reforma tributária.
Hoje, o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, dará uma entrevista para apresentar detalhes sobre a revisão do acordo.
A diretoria do Fundo deve aprovar a revisão na segunda metade de março.


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