São Paulo, terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

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Negócio da Vale faria país voltar a ser devedor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Caso seja concretizada a compra da mineradora suíça Xstrata pela Vale do Rio Doce, o Brasil poderá perder a recém-adquirida condição de credor externo. Isso porque a Vale tem possibilidade de financiar a aquisição com empréstimos bancários que totalizariam, segundo o mercado, até US$ 40 bilhões.
Esse aumento na dívida externa reverteria o anúncio do Banco Central, de que pela primeira vez na história o total de ativos que do país no exterior -reservas em moeda estrangeira do governo e depósitos bancários de empresas, por exemplo- supera o endividamento externo público e privado.
A diferença é pequena perto do negócio que a Vale pode fechar. Em janeiro, segundo o BC, a dívida externa era de US$ 196,2 bilhões, e os ativos do país no exterior, de US$ 203,2 bilhões -diferença de US$ 7 bilhões, não de US$ 4 bilhões, como divulgado inicialmente pelo BC.
Em 2006, a Vale pegou empréstimo de cerca de US$ 13 bilhões para comprar a mineradora Inco, aumentando em quase 10% a dívida externa.


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