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Juntos, os dois bancos lucram
R$ 10 bi em 2008
DA REPORTAGEM LOCAL
Pouco mais de três meses
após o anúncio da fusão, o Itaú
e o Unibanco surpreenderam
ontem com a divulgação de um
balanço conjunto em que o
banco resultante da associação
teria apurado um lucro líquido
de R$ 10,004 bilhões em 2008,
resultado 16,1% menor do que
os R$ 11,921 bilhões de 2007.
Teria porque se trata de um
"balanço pro forma", uma espécie de "exercício" dos contadores para efeito de comparação,
em que os números de ambos
os bancos são unidos como se
fossem uma única empresa. A
fusão, no entanto, só foi aprovada pelo BC no último dia 18.
Desprezando efeitos não-recorrentes -como créditos tributários e venda de participações na Serasa, BM&F e Bovespa-, o Itaú Unibanco teria contabilizado lucro recorrente de
R$ 10,571 bilhões -8,1% acima
de 2007 e em linha com Bradesco e Santander/Real.
Segundo Roberto Setubal,
presidente do novo banco, o
crescimento no resultado se
deve à expansão da carteira de
crédito, que somou R$ 271,9 bilhões após expansão de 33,9%.
Os empréstimos para empresas
cresceram 41,9% e bateram em
R$ 153,46 bilhões. Para pessoa
física, a alta foi menor, de
24,3%, para R$ 47,8 bilhões. O
segmento de veículos cresceu
35,8%, para R$ 47,8 bilhões.
O resultado só não foi melhor
porque 2008 já foi "um ano
mais difícil". "O crescimento
no final do ano caiu, as provisões aumentaram", disse.
Sozinho, o Itaú contribuiu ao
grupo com lucro recorrente de
R$ 7,718 bilhões no ano passado (alta de 7,95% em relação a
2007 ) e o Unibanco, com
R$ 2,853 bilhões (alta de 9,7%).
Em ativos totais, o novo banco se consolidou como o maior
do país, chegando a R$ 632,7 bilhões -acima de R$ 521,3 bilhões do Banco do Brasil, de R$
454,4 bilhões do Bradesco e R$
315 bilhões de Santander/Real.
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