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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Inflação pode forçar Banco Central a aperto maior do juro
A alta de 0,59% do IPCA-15
de abril provocou um susto no
mercado e trouxe à tona a discussão de qual o tamanho necessário da elevação dos juros
para conter a inflação. Já não
há mais nenhuma garantia de
que esse novo ciclo de alta dos
juros será menor e mais rápido
do que o de 2004/2005.
As previsões, até a divulgação
do IPCA-15, em sua maioria, indicavam que a taxa básica de juros, hoje em 11,75%, poderia
atingir no máximo 13,25%. Hoje, começa a se falar que o ajuste poderá ser mais doloroso, semelhante ao de 2004, quando
os juros subiram quase quatro
pontos percentuais.
Em seu destaque diário de
ontem, o Departamento de
Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco chama a atenção para o fato de que a ata do
Copom divulgada na quinta-feira passada não detalha a observação do último comunicado de que "a parte relevante" da
alta dos juros já tinha sido feita.
A ata se concentrou mais nos
argumentos que justificam o
início do ciclo de aperto monetário. Segundo o documento do
Bradesco, talvez mesmo por essa ausência a ata deixe mais em
aberto o tamanho total do ajuste dos juros, atenuando a sinalização do comunicado de que
um ajuste moderado seria suficiente para conter a alta da inflação. O ajuste pode ser mais
forte do que se previa.
De acordo com o relatório do
Bradesco, na próxima reunião
de junho do Copom, o juro deverá sofrer uma alta de mais 0,5
ponto e o comunicado deve remover a observação "a parte relevante do movimento da taxa
básica de juros".
"Um ajuste de 175 pontos é
suficiente para promover uma
gradual redução do forte ritmo
de crescimento de atividade",
diz o destaque diário. "Contudo, a incerteza sobre os preços
das commodities coloca algum
risco adicional para a inflação.
A atuação preventiva do Copom, nesse sentido, aumenta a
chance de sucesso da estratégia
atual e poderá permitir, caso
venha a concretizar o novo risco de alta dos preços internacionais, um enfrentamento
mais tranqüilo do choque".
Tudo depende, no entanto,
do comportamento dos próximos índices da inflação. A pesquisa Focus do Banco Central,
que será divulgada na segunda,
pode ser uma boa pista das previsões do mercado tanto para o
comportamento dos juros como para a inflação.
DE ROUPA NOVA
A agência de propaganda Centoeseis trabalha em uma
campanha para renovar a imagem da Levi's no Brasil. O objetivo é aproximar a marca do público jovem com o projeto
"Levi's Music". A grife lança um site sobre música e vai espalhar terminais nas lojas que permitirão que o cliente acesse o conteúdo do portal e faça download de mp3. Também
estão previstos patrocínios para eventos de música e uma linha de produtos. "A Levi's sempre esteve ligada a grandes
ícones da música e nada mais pertinente que continuar
usando esse meio para se aproximar do público jovem", diz
Maurício Busin, gerente da Levi"s no Brasil. A iniciativa
também é feita na Austrália, Reino Unido, África do Sul etc.
COMUNICAÇÃO
O conglomerado de comunicação Havas deve anunciar no início da semana um
grande investimento no Rio.
Vai entrar em operação a
agência Euro RSCG Contemporânea, associação da
Euro RSCG Worldwide, que
atua em 75 países, com a
marca carioca Contemporânea, criada pelos publicitários Armando Strozenberg,
Mauro Matos e José Calazans. A agência inicia atividades com cerca de 50 profissionais e 17 clientes, entre eles os Canais TeleCine.
A REGRA É CLARA
A corretora Liquidez, de
Arnaldo Cezar Coelho, promoverá na quarta, em Wall
Street, palestra do diretor da
BMF, Verdi Rosa Monteiro,
e do ex-ministro Mailson da
Nóbrega. São esperados cerca de cem profissionais do
mercado financeiro.
EMPREENDEDOR
Eike Batista dará palestra
no Seminário de Empreendedorismo do Lide (grupo
de líderes empresariais), na
segunda, em São Paulo.
TELEFONIA:
66% DIZEM QUE PROPAGANDA POR CELULAR É EFICAZ, MOSTRA PESQUISA
Pesquisa do instituto Qualibest e da Ei Movil, empresa de
marketing e entretenimento móvel, mostra que 66% de 852
entrevistados acham que propaganda por celular é eficaz para a divulgação de marcas e produtos e que, para 71%, esse tipo de propaganda é um estímulo para se informar mais.
Propagandas sobre entretenimento são as mais relacionadas
com os anúncios. Os assuntos que despertam mais interesse
são promoções (70%), informações (13%) e novidades (12%).
ENTRETENIMENTO
Será lançado na segunda-feira o livro "Marketing do
Entretenimento" (ed. Senac
São Paulo), organizado por
Marcos Cobra, professor da
FGV. O livro trata do crescimento da área e de estratégias para diferentes níveis
de renda. Um dos capítulos,
do pesquisador Frederico de
Araújo, traz pesquisa sobre o
entretenimento de jovens
nas classes C e D.
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