São Paulo, sábado, 26 de abril de 2008

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Disputa deve começar pela telefonia móvel

DA REPORTAGEM LOCAL

A fusão entre a Oi e a BrT (Brasil Telecom) ainda depende da mudança do PGO (Plano Geral de Outorgas), que define as regras da competição no país, mas as mudanças já estão em curso.
Para Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, os três grandes grupos que disputarão o mercado -Oi-BrT, Vivo-Telefônica e Claro-Telmex- brigarão para ampliar a base de clientes, e isso resultará em queda de preços e maior oferta de serviços.
Eduardo Roche, gerente de análise da Modal Asset, acredita que, num primeiro momento, será a telefonia móvel o principal termômetro da disputa. "A Oi chega em São Paulo em junho desse ano com um modelo de negócio que não subsidia os aparelhos", diz Roche.
O plano da Oi que permite falar R$ 10 e ganhar R$ 100 em ligações para celulares da Oi e telefones fixos locais é um exemplo de como o consumidor poderá ter vantagens, obrigando Claro, Vivo e TIM a reverem sua estratégia, hoje focada na venda de celulares subsidiados.
"Haverá uma onda de promoções, que, na prática, derrubará o custo por minuto de cada cliente, levando a um aumento do uso dos celulares," diz Tude. "Hoje essa estratégia ainda é discreta."
Os números do primeiro trimestre de 2008 antecipam o novo cenário. Segundo a Teleco, a Oi foi a companhia que mais cresceu em novos clientes -1,3 milhão, contra os 326 mil que obteve no mesmo período de 2007.
No quarto trimestre do ano passado, o tempo médio mensal gasto por assinante foi de 76 minutos, índice que subiu para 92 minutos no primeiro trimestre de 2008. (JULIO WIZIACK)


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