São Paulo, quarta-feira, 26 de maio de 2004

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Para DAC, não há cartel na parceria entre Varig e TAM

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor-geral do DAC (Departamento de Aviação Civil), major-brigadeiro Washington Machado, criticou ontem o documento da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda que pede a proibição do compartilhamento de vôos entre a TAM e a Varig, o "code-share". O documento aponta indícios de formação de cartel.
"O DAC não acredita que haja uma cartelização [no setor]. Nós temos um mercado em que a ocupação média [dos vôos domésticos] é de 60%. Ou seja, com 40% de ociosidade não podemos falar que há uma pressão por demanda. A cartelização não se caracteriza nesse sentido, mas essa questão [de suspensão do compartilhamento] é uma decisão de um dos órgãos do governo, não é do DAC. Hoje, se for decidido assim, vamos acatá-la plenamente", disse.
Machado disse temer que o fim do "code-share" possa provocar um "aumento indesejado" da oferta, provocando um impacto negativo nos números das empresas, que ainda tentam se recuperar da crise financeira vivida nos últimos anos.
"O fim do compartilhamento dos vôos irá gerar aumento indesejado da oferta e isso terá que ser administrado [pelo DAC]. Obviamente onde hoje voa uma empresa, amanhã irão voar duas. Não sabemos como essa oferta será acomodada", afirmou. (MURILO FIUZA DE MELO)


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