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Para DAC, não há cartel na parceria entre Varig e TAM
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor-geral do DAC
(Departamento de Aviação
Civil), major-brigadeiro
Washington Machado, criticou ontem o documento da
Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do
Ministério da Fazenda que
pede a proibição do compartilhamento de vôos entre a
TAM e a Varig, o "code-share". O documento aponta indícios de formação de cartel.
"O DAC não acredita que
haja uma cartelização [no
setor]. Nós temos um mercado em que a ocupação média [dos vôos domésticos] é
de 60%. Ou seja, com 40% de
ociosidade não podemos falar que há uma pressão por
demanda. A cartelização
não se caracteriza nesse sentido, mas essa questão [de
suspensão do compartilhamento] é uma decisão de um
dos órgãos do governo, não
é do DAC. Hoje, se for decidido assim, vamos acatá-la
plenamente", disse.
Machado disse temer que
o fim do "code-share" possa
provocar um "aumento indesejado" da oferta, provocando um impacto negativo
nos números das empresas,
que ainda tentam se recuperar da crise financeira vivida
nos últimos anos.
"O fim do compartilhamento dos vôos irá gerar aumento indesejado da oferta e
isso terá que ser administrado [pelo DAC]. Obviamente
onde hoje voa uma empresa,
amanhã irão voar duas. Não
sabemos como essa oferta
será acomodada", afirmou.
(MURILO FIUZA DE MELO)
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