São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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PIB dos EUA cresce 5,3% no 1º tri

Taxa é maior do que as previsões divulgadas pelo Departamento do Comércio do país há um mês

Resultado pode acalmar os ânimos de investidores, preocupados com o risco de alta dos juros gerado pelo aquecimento da economia

DO " NEW YORK TIMES"

A economia norte-americana cresceu mais rapidamente no primeiro trimestre do que o governo havia anunciado inicialmente, mas todos os indicativos ainda apontam para um crescimento mais moderado durante o resto do ano.
O Departamento de Comércio disse hoje que o PIB (Produto Interno Bruto) aumentou 5,3% no primeiro trimestre, e não 4,8%, como tinha sido anunciado no mês passado. É o maior índice de crescimento desde 2003. Mesmo assim, muitos esperavam um índice de 5,8%, segundo a pesquisa conduzida com economistas pela Bloomberg News. Os EUA usam o conceito de taxa anualizada, ou seja, representa o quanto o país cresceria se a taxa se repetisse em todo o ano.
A revisão abaixo da esperada do crescimento da economia parece ter aliviado temores de inflação em Wall Street, tanto é assim que as ações tiveram uma alta módica ontem.
Em relatório separado, o Departamento do Trabalho anunciou ainda que o número de pedidos de seguro-desemprego caiu em 40 mil na semana passada, ou 11%.
Embora a economia tenha avançado muito bem durante os três primeiros meses do ano, quando comparada ao aumento de apenas 1,7% no PIB no último trimestre de 2005, a maioria dos economistas não prevê que o ritmo atual se mantenha. A alta dos juros, o esfriamento do mercado habitacional e os altos preços da energia provavelmente farão o índice cair para mais perto da taxa de 3,5% de 2005 como um todo.
Boa parte do aumento que marcou o primeiro trimestre se deu quando a economia se recuperou da desaceleração conseqüente dos furacões do verão americano passado. A queda no quatro trimestre de 2005 e a alta no primeiro trimestre deste ano provavelmente serão seguidas por um crescimento mais moderado, na opinião de muitos economistas.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), por exemplo, estima um crescimento de 3,6% no ano para os EUA.
A pergunta que se coloca agora é se a economia vai conseguir encontrar seu equilíbrio. Os números revistos ontem pelo Departamento de Comércio sugerem que as pressões inflacionárias não foram tão grandes quanto se pensou inicialmente no primeiro trimestre. Os gastos dos consumidores, que respondem pela maior parte do PIB, contribuíram 3,63 pontos percentuais para o crescimento total de 5,8%. Em um primeiro momento, o governo havia dito que os consumidores tinham contribuído um pouco mais para esse total.


Tradução de CLARA ALLAIN


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