São Paulo, sábado, 26 de junho de 2004

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VACA DOENTE

Órgão de inspeção sanitária desmente ter confundido Pará com Paraná

Argentina nega confusão com Estados

DE BUENOS AIRES

O Serviço Nacional de Qualidade Agroalimentar (Senasa) informou ontem que a decisão do governo argentino de suspender as importações de carne brasileira foi tomada baseada no comunicado enviado pelo Brasil à Organização Mundial de Epizootia e Saúde Animal (OIE) no dia 17, e não em reportagens publicadas pela imprensa argentina, que confundiu o Pará com o Paraná.
Segundo nota do Ministério da Agricultura brasileiro, a confusão teria influenciado o poder decisório do governo argentino -o que foi desmentido ontem.
Segundo a Senasa, não há previsão sobre o levantamento do embargo à carne brasileira. De acordo com o órgão argentino de inspeção sanitária, ainda há preocupação porque no comunicado que as autoridades competentes do Brasil enviaram à Argentina não há indicações sobre a origem do foco de febre aftosa identificado em Monte Alegre, no Pará.
Apesar de reconhecer que o Pará não é exportador de carne, a Senasa afirma preocupar-se pelo fato de o Estado comprar gado de outros Estados brasileiros.
Na quinta-feira, o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Linneu Costa Lima, divulgou nota na qual informou que já havia entrado em contato com o secretário da Agricultura argentino, Miguel Campos. Segundo a nota, Campos teria afirmado, por telefone, que a confusão feita pela imprensa argentina ao divulgar o foco da doença no Brasil teria colaborado para a decisão sobre o embargo à carne brasileira.
A nota diz ainda que Campos teria determinado à Senasa a análise imediata dos documentos relativos à descoberta do foco de febre aftosa no Brasil.


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