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VACA DOENTE
Órgão de inspeção sanitária desmente ter confundido Pará com Paraná
Argentina nega confusão com Estados
DE BUENOS AIRES
O Serviço Nacional de Qualidade Agroalimentar (Senasa) informou ontem que a decisão do governo argentino de suspender as
importações de carne brasileira
foi tomada baseada no comunicado enviado pelo Brasil à Organização Mundial de Epizootia e
Saúde Animal (OIE) no dia 17, e
não em reportagens publicadas
pela imprensa argentina, que confundiu o Pará com o Paraná.
Segundo nota do Ministério da
Agricultura brasileiro, a confusão
teria influenciado o poder decisório do governo argentino -o que
foi desmentido ontem.
Segundo a Senasa, não há previsão sobre o levantamento do embargo à carne brasileira. De acordo com o órgão argentino de inspeção sanitária, ainda há preocupação porque no comunicado
que as autoridades competentes
do Brasil enviaram à Argentina
não há indicações sobre a origem
do foco de febre aftosa identificado em Monte Alegre, no Pará.
Apesar de reconhecer que o Pará não é exportador de carne, a Senasa afirma preocupar-se pelo fato de o Estado comprar gado de
outros Estados brasileiros.
Na quinta-feira, o ministro interino da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Linneu Costa Lima, divulgou nota na qual informou que já havia entrado em contato com o secretário da Agricultura argentino, Miguel Campos.
Segundo a nota, Campos teria
afirmado, por telefone, que a confusão feita pela imprensa argentina ao divulgar o foco da doença
no Brasil teria colaborado para a
decisão sobre o embargo à carne
brasileira.
A nota diz ainda que Campos
teria determinado à Senasa a análise imediata dos documentos relativos à descoberta do foco de febre aftosa no Brasil.
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