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SAIBA MAIS
Discussão sobre independência fica para 2005
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dadas as prioridades levadas
ao Congresso, pelo visto o governo decidiu postergar novamente as discussões em torno
da autonomia operacional do
Banco Central.
No mês que vem, o Congresso inicia o recesso de meio de
ano. Em outubro começam as
eleições municipais, o que mobiliza muitos parlamentares
em campanha em seus Estados. Assim, o mais provável é
que o projeto de autonomia do
BC seja retomado somente em
2005. Se for retomado.
No começo deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Antonio Palocci
Filho (Fazenda) já haviam dado indicações de que o tema
não seria tratado em 2004. Primeiro, Lula disse, em janeiro,
que as discussões sobre a autonomia do BC eram "inquietações de tese acadêmica" e que o
assunto não preocupava o país.
Menos de uma semana depois,
Palocci disse que o tema não
era urgente para o governo.
Em maio do ano passado, o
governo conseguiu aprovar a
emenda constitucional que
permite a regulamentação do
sistema financeiro nacional
por várias leis complementares. A idéia era ainda naquele
ano enviar ao Congresso proposta de autonomia do BC. No
final de 2003, contudo, o governo decidiu deixar o projeto para o começo deste ano.
Na Câmara, ainda estão para
serem apreciados vários projetos que o governo considera
importantes. Entre os quais, o
das agências reguladoras, o do
patrimônio de afetação (para
separar o patrimônio dos empreendimentos do das construturas), e o da reforma tributária, que voltou para a Câmara
após modificações no Senado.
No Senado, ainda faltam Lei
de Falências, PPPs (Parcerias
Público-Privadas), Lei de Informática, emenda da Cide
(contribuição sobre combustíveis), reforma do Judiciário e
Lei de Biossegurança.
O projeto da autonomia do
BC, que prevê mandatos fixos
ao presidente e aos diretores da
instituição, não foi sequer enviado ao Congresso.
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