São Paulo, domingo, 26 de junho de 2005

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MERCADO ABERTO

Brasil é o país do arroz com feijão

O grande problema na alimentação do brasileiro não é o número de refeições que faz por dia, e sim o que ele come. Em média, o brasileiro come 3,5 vezes ao dia, independentemente da região ou da classe social, o que indica que não há problema de fome no país.
O maior desafio é mesmo a qualidade da refeição. A preferência nacional é o arroz e o feijão, praticamente duas vezes ao dia no prato das famílias durante a semana. Mas outros produtos essenciais à saúde, como leite e derivados, frutas, verduras e carne, são muito mais comuns nas classes mais abastadas.
A conclusão consta de uma pesquisa realizada no ano passado pela Data Market Intellect, responsável por estudos ligados à área de saúde, sobre o comportamento alimentar dos consumidores. Foram pesquisadas 2.500 residências em 25 municípios do território nacional. "Os brasileiros têm mais chances de ficar doente pelo que comem do que de fome", afirma Marcos Veçoso, diretor-geral da Data Market.
A pesquisa levantou também as despesas com alimentação. A média mensal de gastos com alimentação de uma família brasileira é de R$ 371,75. O problema é a disparidade dos gastos entre as diferentes esferas sociais. A classe A gasta mais do que o dobro da D. A classe A gasta R$ 613,05 por mês, a B, R$ 444,52, a C, R$ 352,63, e a D, R$ 292,54.
A Data Market pesquisou ainda o consumo de álcool e fumo nas famílias consultadas, segundo as regiões e as classes socioeconômicas. Foram ouvidas 8.000 pessoas. A conclusão é a de que os ricos consomem mais bebidas, mas os pobres fumam mais. Segundo a pesquisa, 34,9% das pessoas de classe A pesquisadas têm o hábito de consumir bebidas alcoólicas, enquanto na classe E esse índice é de 23,39%. Já em relação ao tabagismo, 19,35% da classe E tem o hábito de fumar, enquanto na classe A o percentual é de 12,53%.

RECLAMAÇÃO
O Ciesp recebeu nas últimas semanas centenas de reclamações de empresas descontentes com a operação padrão realizada por funcionários do Ministério da Agricultura no porto de Santos. A operação impede o embarque de mercadorias para exportação e o desembarque de produtos importados embalados em caixas de madeira e perecíveis, por exemplo. A operação, iniciada no dia 6 de junho, já causou prejuízos superiores a R$ 14 milhões aos exportadores que utilizam o porto, diz o Ciesp.

COTAS EM DISCUSSÃO
Na próxima terça-feira, empresas como Vivo, HP, Visa, Schering, Abril, PricewaterhouseCoopers e Serasa lançam o Fórum Permanente de Empresas para a Inclusão Econômica de Pessoas com Deficiência. O objetivo é encontrar soluções para cumprir a Lei de Cotas, que, desde 1991, obriga a contratação de deficientes para empresas com mais de cem funcionários.

GUERRA DA LATA
A CSN deu partida a uma campanha publicitária para tentar convencer os consumidores sobre as supostas vantagens da lata de aço como embalagem para o óleo de cozinha. Com um investimento de R$ 10 milhões, a campanha terá filmes estrelados pela atriz Regina Casé, além de ações de merchadising, promoção em supermercados e anúncios em revistas. A intenção é conquistar a fatia de mercado perdida para embalagens de plástico, que já dominam metade do segmento.

SEGURANÇA INTEGRADA
A Abinee (indústria elétrica e eletrônica) acaba de criar um setor de segurança eletrônica. Será composto por fabricantes de equipamentos como sensores de presença, alarmes, câmeras de vídeo e controles de acesso. Em razão da integração do sistema de segurança com outros segmentos de proteção, a nova área congregará também indústrias de automação predial e proteção e extinção de incêndio.

GREGOS E TROIANOS
Depois de dez anos no Carlota, a chef Carla Pernambuco irá abrir uma nova frente gastronômica. Em fevereiro de 2006, ela lança a Escola de Cozinha Carla Pernambuco, em Higienópolis, bem em frente ao Carlota. Será um estúdio-laboratório, para quem já sabe cozinhar e para quem não sabe. "Para gregos e troianos", afirma. Ela pretende promover cursos de diversos tipos de cozinha, da baiana à tailandesa. Carla Pernambuco terá a ajuda de pelo menos outros dois chefs, além de convidados. Os cursos terão módulos de no máximo uma semana, para grupos de até 25 alunos. Nos fins de semana, haverá "intensivões". Em setembro próximo, Pernambuco lança seu terceiro livro, "Desejo, as 50 comidas mais desejadas do Carlota".


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