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MERCADO ABERTO
Brasil é o país do arroz com feijão
O grande problema na alimentação do brasileiro não
é o número de refeições que
faz por dia, e sim o que ele
come. Em média, o brasileiro come 3,5 vezes ao dia, independentemente da região ou da classe
social, o que indica que não há
problema de fome no país.
O maior desafio é mesmo a
qualidade da refeição. A preferência nacional é o arroz e o feijão, praticamente duas vezes ao
dia no prato das famílias durante
a semana. Mas outros produtos
essenciais à saúde, como leite e
derivados, frutas, verduras e carne, são muito mais comuns nas
classes mais abastadas.
A conclusão consta de uma
pesquisa realizada no ano passado pela Data Market Intellect,
responsável por estudos ligados
à área de saúde, sobre o comportamento alimentar dos consumidores. Foram pesquisadas 2.500
residências em 25 municípios do
território nacional. "Os brasileiros têm mais chances de ficar
doente pelo que comem do que
de fome", afirma Marcos Veçoso,
diretor-geral da Data Market.
A pesquisa levantou também
as despesas com alimentação. A
média mensal de gastos com alimentação de uma família brasileira é de R$ 371,75. O problema é
a disparidade dos gastos entre as
diferentes esferas sociais. A classe
A gasta mais do que o dobro da
D. A classe A gasta R$ 613,05 por
mês, a B, R$ 444,52, a C, R$
352,63, e a D, R$ 292,54.
A Data Market pesquisou ainda o consumo de álcool e fumo
nas famílias consultadas, segundo as regiões e as classes socioeconômicas. Foram ouvidas 8.000
pessoas. A conclusão é a de que
os ricos consomem mais bebidas, mas os pobres fumam mais.
Segundo a pesquisa, 34,9% das
pessoas de classe A pesquisadas
têm o hábito de consumir bebidas alcoólicas, enquanto na classe E esse índice é de 23,39%. Já
em relação ao tabagismo, 19,35%
da classe E tem o hábito de fumar, enquanto na classe A o percentual é de 12,53%.
RECLAMAÇÃO
O Ciesp recebeu nas últimas
semanas centenas de reclamações de empresas descontentes
com a operação padrão realizada
por funcionários do Ministério
da Agricultura no porto de Santos. A operação impede o embarque de mercadorias para exportação e o desembarque de produtos importados embalados
em caixas de madeira e perecíveis, por exemplo. A operação,
iniciada no dia 6 de junho, já
causou prejuízos superiores a R$
14 milhões aos exportadores que
utilizam o porto, diz o Ciesp.
COTAS EM DISCUSSÃO
Na próxima terça-feira, empresas como Vivo, HP, Visa,
Schering, Abril, PricewaterhouseCoopers e Serasa lançam o Fórum Permanente de Empresas
para a Inclusão Econômica de
Pessoas com Deficiência. O objetivo é encontrar soluções para
cumprir a Lei de Cotas, que, desde 1991, obriga a contratação de
deficientes para empresas com
mais de cem funcionários.
GUERRA DA LATA
A CSN deu partida a uma campanha publicitária para tentar
convencer os consumidores sobre as supostas vantagens da lata
de aço como embalagem para o
óleo de cozinha. Com um investimento de R$ 10 milhões, a campanha terá filmes estrelados pela
atriz Regina Casé, além de ações
de merchadising, promoção em
supermercados e anúncios em
revistas. A intenção é conquistar
a fatia de mercado perdida para
embalagens de plástico, que já
dominam metade do segmento.
SEGURANÇA INTEGRADA
A Abinee (indústria elétrica e
eletrônica) acaba de criar um setor de segurança eletrônica. Será
composto por fabricantes de
equipamentos como sensores de
presença, alarmes, câmeras de
vídeo e controles de acesso. Em
razão da integração do sistema
de segurança com outros segmentos de proteção, a nova área
congregará também indústrias
de automação predial e proteção
e extinção de incêndio.
GREGOS E TROIANOS
Depois de dez anos no Carlota, a chef Carla Pernambuco
irá abrir uma nova frente gastronômica. Em fevereiro de
2006, ela lança a Escola de Cozinha Carla Pernambuco, em
Higienópolis, bem em frente
ao Carlota. Será um estúdio-laboratório, para quem já sabe cozinhar e para quem não
sabe. "Para gregos e troianos", afirma. Ela pretende
promover cursos de diversos
tipos de cozinha, da baiana à
tailandesa. Carla Pernambuco terá a ajuda de pelo menos
outros dois chefs, além de
convidados. Os cursos terão
módulos de no máximo uma
semana, para grupos de até 25
alunos. Nos fins de semana,
haverá "intensivões". Em setembro próximo, Pernambuco lança seu terceiro livro,
"Desejo, as 50 comidas mais
desejadas do Carlota".
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