São Paulo, terça-feira, 26 de junho de 2007

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Última semana do semestre começa com instabilidade

Bovespa abre em alta, mas encerra dia em baixa de 0,42%

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

A última semana do semestre começou ontem com forte oscilação nos mercados internacionais. Com ganhos recordes nas carteiras, gestores temem perder parte dos ganhos acumulados arriscando novas apostas em momentos de forte instabilidade. Para os mais arrojados, por outro lado, é tempo ainda de garantir uma performance acima da média.
O resultado previsto é uma semana de altos e baixos, ainda mais com reunião do Fed [Federal Reserve, o BC dos EUA], na quarta, que deve manter os juros americanos em 5,25% ao ano. Mais do que a decisão do Fed em si, analistas temem eventuais pistas que a autoridade americana dê sobre o ritmo da inflação no comunicado sobre os juros. Qualquer indicação mais ou menos pessimista terá forte impacto nos preços dos mercados.
Os juros dos títulos do governo americano tiveram forte baixa ontem com a aparente trégua na negociação de papéis de alto risco do setor imobiliário, fonte de preocupação na semana passada. Os papéis de dez anos do Tesouro terminaram o dia negociados com retorno de 5,078%, com baixa de 1,17%.
Colada na Bolsa de Nova York, a Bovespa abriu em alta, passou a cair ainda na primeira hora de negociação, voltou a subir à tarde, mas não teve fôlego para manter o ritmo de valorização e recuou 0,42% no fechamento, com o Ibovespa voltando aos 54.041 pontos.
A Bolsa de Nova de Nova York terminou o dia praticamente estável, com o índice Dow Jones em baixa de 0,06%. "A Bolsa seguiu a volatilidade nos Estados Unidos. Deve seguir assim até o final da semana, quando acontece o fechamento do semestre. É a hora de alguns gestores tentarem aumentar o seu bônus semestral [de participação nos lucros]", afirmou Marcelo Moura, da corretora SLW.

Câmbio
Para Francisco Carvalho, da corretora Liquidez, a alta volatilidade deve perdurar ao longo da semana, que ainda tem indicadores importantes sobre o mercado imobiliário. "O mercado [de câmbio] está seguindo o cenário externo. Sobe, depois cai, sobe de novo. É uma semana com bons indicadores de risco. Temos de ficar de olho", disse Carvalho.
O dólar comercial terminou o dia a R$ 1,954, com alta de 0,57%. O Banco Central comprou ontem US$ 230 milhões em dólares no mercado à vista, mesmo volume diário visto na semana passada.
Ontem, porém, a instituição adiantou em mais de meia hora a tradicional compra de moeda, o que chegou a estressar alguns operadores, que viram sinal de mudança nas intervenções. O fato é que conseguiu elevar as cotações do dólar.


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