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Última semana do semestre começa com instabilidade
Bovespa abre em alta, mas encerra dia em baixa de 0,42%
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
A última semana do semestre
começou ontem com forte oscilação nos mercados internacionais. Com ganhos recordes nas
carteiras, gestores temem perder parte dos ganhos acumulados arriscando novas apostas
em momentos de forte instabilidade. Para os mais arrojados,
por outro lado, é tempo ainda
de garantir uma performance
acima da média.
O resultado previsto é uma
semana de altos e baixos, ainda
mais com reunião do Fed [Federal Reserve, o BC dos EUA],
na quarta, que deve manter os
juros americanos em 5,25% ao
ano. Mais do que a decisão do
Fed em si, analistas temem
eventuais pistas que a autoridade americana dê sobre o ritmo
da inflação no comunicado sobre os juros. Qualquer indicação mais ou menos pessimista
terá forte impacto nos preços
dos mercados.
Os juros dos títulos do governo americano tiveram forte
baixa ontem com a aparente
trégua na negociação de papéis
de alto risco do setor imobiliário, fonte de preocupação na semana passada. Os papéis de dez
anos do Tesouro terminaram o
dia negociados com retorno de
5,078%, com baixa de 1,17%.
Colada na Bolsa de Nova
York, a Bovespa abriu em alta,
passou a cair ainda na primeira
hora de negociação, voltou a subir à tarde, mas não teve fôlego
para manter o ritmo de valorização e recuou 0,42% no fechamento, com o Ibovespa voltando aos 54.041 pontos.
A Bolsa de Nova de Nova
York terminou o dia praticamente estável, com o índice
Dow Jones em baixa de 0,06%.
"A Bolsa seguiu a volatilidade
nos Estados Unidos. Deve seguir assim até o final da semana, quando acontece o fechamento do semestre. É a hora de
alguns gestores tentarem aumentar o seu bônus semestral
[de participação nos lucros]",
afirmou Marcelo Moura, da
corretora SLW.
Câmbio
Para Francisco Carvalho, da
corretora Liquidez, a alta volatilidade deve perdurar ao longo
da semana, que ainda tem indicadores importantes sobre o
mercado imobiliário. "O mercado [de câmbio] está seguindo
o cenário externo. Sobe, depois
cai, sobe de novo. É uma semana com bons indicadores de risco. Temos de ficar de olho", disse Carvalho.
O dólar comercial terminou
o dia a R$ 1,954, com alta de
0,57%. O Banco Central comprou ontem US$ 230 milhões
em dólares no mercado à vista,
mesmo volume diário visto na
semana passada.
Ontem, porém, a instituição
adiantou em mais de meia hora
a tradicional compra de moeda,
o que chegou a estressar alguns
operadores, que viram sinal de
mudança nas intervenções. O
fato é que conseguiu elevar as
cotações do dólar.
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