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Zona Franca espera aumentar
237% as exportações neste ano
ISABEL VERSIANI
de Londres
As exportações da Zona Franca
de Manaus devem aumentar 237%
este ano em relação a 1997, como
consequência da redução do consumo interno. De acordo com o
superintendente da Suframa,
Mauro Costa, a expectativa é que
as vendas para o mercado externo
passem de US$ 148 milhões para
US$ 500 milhões no período.
Costa esteve ontem em Londres
participando de um seminário sobre oportunidades de investimento na Amazônia, promovido pela
Suframa.
A iniciativa, segundo o superintendente, faz parte de um esforço
do órgão de tentar atrair indústrias de componentes para a região e inserir o complexo no mercado internacional.
Segundo Costa, uma das empresas que deve ter o maior aumento
de exportações é a Gilette, que
produz aparelhos de barbear, canetas e isqueiros na região. No ano
passado, a empresa teria exportado US$ 40 milhões.
A Coca-Cola, que fabrica concentrado de refrigerante na Zona
Franca, mas ainda não estava vendendo para o mercado externo,
passou a fazê-lo este ano, o que
também contribuiria para o aumento das exportações.
Está sendo esperado, ainda, um
crescimento das vendas de motocicletas, papel fotográfico e televisões. Os maiores consumidores
desses produtos, segundo Costa,
são os países da América do Sul.
O superintendente afirmou que,
além da queda no consumo interno, também contribuiu para o aumento das exportações da Zona
Franca um novo incentivo criado
este ano, pelo qual as empresas
instaladas na região descontam do
imposto devido parte dos gastos
com transporte. "Com o benefício, o governo procura compensar
as desvantagens de infra-estrutura
da região em relação aos Estados
do Sul e Sudeste", disse.
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