São Paulo, sexta, 26 de junho de 1998

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Japão decide manter taxas de juros em 0,5% ao ano

das agências internacionais

O Banco do Japão (banco central) decidiu ontem manter as taxas de juros oficiais em 0,5% ao ano, apesar das pressões por um aumento para revigorar a economia do país.
A decisão foi tomada ao final da reunião do conselho de política do banco oficial japonês.
Segundo porta-vozes do banco, a decisão foi por maioria e não por consenso, o que abre a possibilidade de mudanças no futuro.
O primeiro-ministro japonês, Ryutaro Hashimoto, se mostrou recentemente partidário de que o banco eleve os juros, o que aumentaria a rentabilidade nos bancos e atrairia investidores ao país. A taxa está em 0,5%, seu nível mínimo, desde setembro des 1995.
Bancos
O banco japonês Long-Term Credit Bank, confirmou ontem que procura um sócio para fundir-se e anunciou um vasto plano de reestruturação.
O Long-Term é o segundo maior em finanças de longo prazo no Japão e enfrenta dificuldades financeiras.
Ontem, as ações do banco caíram 28,5% na Bolsa de Valores de Tóquio. Os títulos já perderam mais de 98% de seu valor desde 1987. O banco admitiu em março passado ter créditos (de recebimento) duvidosos em torno de US$ 10 bilhões. Alguns analistas consideram que o valor real é ainda mais alto.
A quebra do Long-Term Credit Bank seria a mais grave do Japão desde o final da Segunda Guerra Mundial, superando mesmo a da corretora Yamaichi, no ano passado, no início da crise asiática.
Ontem, também, pelo menos oito dos maiores bancos japoneses anunciaram a intenção de submeter a seus acionistas a decisão de recomprar 10% de suas próprias ações, para aumentar seu valor de mercado.



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