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TRABALHO
Setor de serviços emprega mais e paga menos, diz IBGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Responsável por quase
60% do PIB do país, o setor
de serviços empregou mais
nos últimos anos, mas à custa de uma remuneração menor de seus empregados, revela a Pesquisa Anual de Serviços do IBGE. Enquanto o
emprego subiu 28,6% no período de 2000 a 2005, o rendimento médio caiu 3,8%.
Em 2005, o setor de serviços empregava 7,6 milhões
de pessoas em 948,42 mil
empresas. Somente a atividade de limpeza (fortemente
terceirizada) tinha 1,3 milhão de trabalhadores em todo o país. A média de rendimentos era de 2,9 mínimos.
Em 2000, a remuneração
se situava em 3,9 salários. O
motivo da queda é principalmente o aumento real do salário mínimo (acima da inflação) nos últimos anos.
Segundo o instituto, a
maior média salarial ficou
com as atividades de serviços
de informação: 7,2 salários
mínimos. Nesse segmento,
as agências de notícias e serviços de jornalismo contabilizaram a maior média salarial: 12,7 salários mínimos.
No período, o menor rendimento foi o dos profissionais da atividade de serviços
prestados às famílias -1,6.
Segundo Eduardo Pontes,
economista do IBGE, o setor
de serviços é caracterizado
por uma dispersão muito
grande de rendimentos, com
atividades que concentram
alta remuneração (como as
da área de telefonia) e outras
que apresentam rendimentos muito baixos (como limpeza e manutenção).
A baixa qualificação da força de trabalho da maior parte
dos serviços e a crescente demanda por alguns tipos de
serviços mal remunerados
explicam a retração do rendimento, segundo Pontes.
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