DO ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

Em entrevista em Lisboa ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai "fazer o que for necessário para evitar que a inflação volte no Brasil", mas afirmou que "não tem mais o que cortar dos gastos do governo".
O presidente culpou o cenário internacional e disse que o Brasil é um dos países menos afetados pela alta mundial na inflação. Uma das suas principais medidas será aumentar a produção agrícola, para conter a subida do preço dos alimentos.
A decisão de descartar corte de despesas no governo é controversa, uma vez que os gastos públicos ajudam a impulsionar a inflação, na avaliação de economistas.
"Nós fizemos os ajustes que deveríamos ter feito. As medidas estão tomadas. Obviamente, não é possível um governo ficar anunciando com antecipação o que vai fazer amanhã, depois de amanhã, mês que vem, se a inflação continuar. Nós iremos tomando as medidas que forem necessárias tomar", disse Lula, que evitou críticas ao Banco Central pela elevação da taxa básica de juros na quarta-feira. (PDL)

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