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TELEFONIA
Transação completa é estimada em R$ 1,5 bilhão
Grupo Vivo anuncia a recompra de ações de quatro de suas operadoras
ELAINE COTTA
DA FOLHA ONLINE
O grupo Vivo anunciou ontem
que pretende recomprar ações de
quatro operadoras de telefonia
celular em uma transação estimada em R$ 1,5 bilhão.
A operação representa o primeiro passo de uma ampla reestruturação dos negócios de telefonia móvel do grupo, controlado
pela Portugal Telecom e pela espanhola Telefónica.
A retirada das ações do mercado será feita por meio de um leilão
previsto para o dia 8 de outubro,
na Bovespa. Serão recomprados
dos investidores papéis das empresas que atuam com a marca
Vivo: Tele Centro Oeste, CRT, Tele Sudeste e Tele Leste.
"O objetivo é aumentar nossa
participação sem fechar capital e
prejudicar a liquidez", diz o presidente da Vivo, Francisco Padinha.
Na opinião do superintendente
de operações da Bovespa, Ricardo
Pinto Nogueira, o negócio representa "importante redução na liquidez dos papéis".
No pregão de ontem da Bolsa, o
anúncio foi bem recebido e as
ações das teles encerraram com
valorização. O papel PN da Tele
Leste Celular liderou as altas do
pregão, com ganho de 7,9%.
Para Roger Oey, analista de telecomunicações do Banif Investment Banking, a intenção da empresa é, de num futuro próximo,
"consolidar as ações em apenas
uma, o que traria ganhos fiscais e
operacionais".
A recompra depende da adesão
dos investidores. Para atrair os
acionistas, a Vivo oferece um prêmio de 20% sobre a média do preço das ações dos últimos 30 dias.
A oferta pública será feita em
duas partes. Primeiro, a Brasilcel
-joint venture (parceria) criada
pelos portugueses e espanhóis em
2003 - comprará até R$ 630 milhões em ações de três operadoras, excluindo a TCO. Já a Telesp
Celular vai adquirir até R$ 901 milhões em ações da TCO.
Para viabilizar a operação e pagar os investidores com dinheiro,
o grupo Vivo quer captar recursos
no mercado doméstico e até no
exterior, além de cogitar emitir
novas ações (aumento de capital)
da sua principal empresa, a Telesp
Celular.
"Essas possibilidades serão avaliadas nos próximos dias", diz o
diretor financeiro da Telesp Celular, Arcadio Martinez.
Colaborou Fabricio Vieira,
da Reportagem Local
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