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Varig pode encarar grandes, diz executiva
Contratada como consultora, Maria Silvia Bastos Marques, ex-CSN, é cotada para assumir o comando da companhia aérea
Executiva é vista como um
trunfo dos novos donos da
empresa e considerada capaz
de "pegar boi no pasto" pelo
presidente da VarigLog
JANAINA LAGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A marca Varig tem força suficiente para fazer a companhia
reconquistar espaço na disputa
com as grandes empresas do
setor, na avaliação da executiva
Maria Silvia Bastos Marques,
contratada para atuar como
consultora da companhia.
Considerada um trunfo da
nova administração da Varig,
Maria Silvia foi descrita pelo
presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, como uma
executiva de perfil agressivo,
capaz de "pegar boi no pasto".
"Aceitei o convite para trabalhar como consultora da nova
Varig porque acho extremamente interessante participar
do processo de estruturação da
nova empresa, que já nasce como um "case" no Brasil. É a primeira experiência da nova lei
de recuperação judicial em
uma empresa concessionária,
com todos os desafios e restrições que essa situação traz."
A atuação da executiva já teve impacto nos negócios da empresa. Maria Silvia atuou na negociação com o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) para formatar o pedido de financiamento para a compra de 50 aeronaves. A empresa entregou
no começo desta semana a carta-consulta, a primeira etapa
formal no trâmite de análise de
pedidos no banco. Ela vai atuar
também nas áreas contábil e
administrativa.
Presidência
Maria Silvia foi sondada inicialmente para assumir o cargo
de presidente da empresa. Ela
afirmou não pensar nisso no
momento, mas há quem afirme
na empresa que, tão logo a nova
Varig obtenha a documentação
necessária para se tornar uma
concessionária de transporte
aéreo, ela assuma o cargo. A
executiva assinou contrato de
consultoria por três meses, mas
não comenta a hipótese de troca de cargo.
Apesar das dificuldades da
nova empresa para recompor a
frota, Maria Silvia aposta na
disputa com TAM e Gol.
"A nova companhia poderá
disputar espaço com as já existentes, não somente porque
existe mercado mas também
por causa da marca Varig e dos
funcionários, que já demonstraram competência técnica e
amor pela companhia", disse.
Afastada desde 2002 da gestão direta de grandes empresas,
quando saiu da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a
executiva foi secretária de Fazenda do prefeito do Rio, Cesar
Maia, em seu primeiro mandato (1992-1996).
Na CSN, atuou primeiro como diretora do Centro Corporativo. Assumiu a presidência
da siderúrgica em 1999 e conduziu a aquisição de uma usina
nos EUA, ampliou a fábrica de
Volta Redonda (RJ) e participou do processo de descruzamento das participações da Vale do Rio Doce e CSN.
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