São Paulo, domingo, 26 de agosto de 2007

Próximo Texto | Índice

Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

Brasileiro desconhece debate sobre energia, afirma Ciesp

A maioria dos brasileiros nunca ouviu falar no projeto de construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira. Também predomina no país a opinião de que a política ambiental do governo não prejudica o crescimento industrial.
A conclusão é da pesquisa feita pelo Ipsos para o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em 70 cidades e nove regiões metropolitanas de todo o país, entre os dias 20 e 29 de julho. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Segundo a pesquisa, apesar de toda a polêmica envolvendo a construção das hidrelétricas no rio Madeira, 53% dos entrevistados nunca ouviram falar a respeito dessa discussão. Outros 39%, embora tenham ouvido falar no tema, disseram que não têm acompanhado o assunto. Apenas 8% responderam que já ouviram falar nisso e acompanham a discussão.
O desconhecimento sobre as hidrelétricas é maior nas classes de menor poder aquisitivo. Nas classes D e E, 63% nunca ouviram falar do assunto. O número cai para 49% na classe C e para 38% nas classes A e B.
Dos que já ouviram falar e acompanham informações, 18% estão nas classes A e B. Dos que pertencem às classes C e E, só 4% acompanham o tema.
Para Romildo Campelo, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Ciesp, nem nas classes de maior renda, onde se esperava que houvesse maior nível de informação, o conhecimento da população a respeito das hidrelétricas do rio Madeira é satisfatório.
"Não importa a renda e não importa o lugar: o desconhecimento geral é assustador. E não é só neste governo; no anterior também era assim", diz.
Também surpreende a resposta dos entrevistados quando questionados se a política de proteção ao ambiente atrapalha o desenvolvimento econômico do país. Do total, 58% acham que não. Apenas 19% responderam sim e o restante (23%) não sabe ou não respondeu à pergunta.
Para Campelo, isso mostra como a questão ambiental está distante da realidade e da rotina da sociedade. "As pessoas não sabem como isso interfere nas suas vidas, na indústria, na infra-estrutura. Elas querem energia, mas quando se fala em construir uma hidrelétrica ninguém toma conhecimento."
Outra pergunta foi se os entrevistados acreditam que a política ambiental do governo prejudica o crescimento das indústrias. Para 60%, a reposta foi negativa. Apenas 18% responderam que sim, ou seja, as indústrias são prejudicadas.
Para o diretor do Ciesp, esse cenário também é fruto da falta de discussão sobre o tema entre a indústria e a sociedade. "A indústria precisa fazer seminários, divulgar isso tudo."

Senna lança produtos para casa inteligente

Após seis anos de pesquisa, a IHouse, de Leonardo Senna, lança seus primeiros produtos. Voltada ao mercado de residências inteligentes, a empresa criou itens como um painel gráfico "touchscreen", que, instalado na parede, pode gerenciar o funcionamento da banheira, das persianas e outros.
O painel pode ser acessado também à distância, pela internet ou por celular.
O principal mercado a ser atingido são empreendimentos de alto padrão e os primeiros apartamentos totalmente inteligentes já estão sendo entregues em São Paulo, no Rio, em Florianópolis e em Manaus. No exterior, a idéia é atingir mercados como o Panamá e o Oriente Médio, segundo assessoria feita nos EUA.

PADARIA

O restaurante Filipa, de Ina de Abreu (Mestiço), acaba de lançar um novo serviço. Agora, os clientes poderão encomendar os pães, criados pelo chef Renato Lopes e produzidos diariamente no local, e levá-los para casa. A idéia nasceu devido ao aumento da procura pelos produtos -já servidos no couvert do restaurante-, resultado de um curso que Lopes fez em Nova York, mas foi posta em prática depois de sete meses de preparação e da compra dos equipamentos. Além do curso sobre pães, Lopes acumula no currículo cursos sobre sorvetes na Itália, sobre pâtisserie na França e sobre gastronomia no Canadá. Para o verão, a promessa é de uma variedade de sorbets no menu do restaurante.

RECEITA
As 23 redes associadas à Abrafarma (de redes de farmácias e drogarias) atingiram cerca de R$ 3,7 bilhões em vendas no primeiro semestre -valor 10,74% superior ao do mesmo período de 2006. A participação dos genéricos chegou a 10,23%, contra 9,21% no mesmo período do ano anterior.

PEDAIS
A Caloi Terra, bicicleta da Caloi, alcançou em um ano a marca de 100 mil unidades vendidas. A previsão inicial era vender 75 mil unidades por ano. Em 2006, a empresa produziu 650 mil bicicletas.

GIBI
Maurício de Sousa apresenta na Fiicav (feira de cinema e do audiovisual) seus novos projetos. Está custeando, com recursos próprios, a produção do seu próximo longa, "Cine Gibi 3", orçado em R$ 4 milhões.

ESTRADA
A Ford Caminhões completa hoje 50 anos da produção do seu primeiro veículo nacional, um caminhão F-600. Nos sete primeiros meses deste ano, as vendas de caminhões Ford subiram 38,4% ante o mesmo período de 2006. As 10.643 unidades comercializadas no varejo, no período, fizeram a participação de mercado subir de 19,4% para 20,6%, segundo o Renavam.

REGULAÇÃO
A Anbid (associação de bancos de investimento) acaba de divulgar dados dos trabalhos de julho da área de auto-regulação de ofertas públicas que supervisiona operações. Mesmo com a alta de 57% no número de ofertas públicas de ações no período, as falhas nas operações registradas na Anbid caíram. As cartas de recomendação por atraso de prazos ou falta de documentos caíram de 22 para 11 no período. O número de multas por falhas nos prospectos ou outras informações caiu de 20 para 11 e nenhum processo foi instaurado no mês.

COSTURA
A La Estampa, fornecedora carioca de tecidos, acaba de inaugurar seu novo showroom em São Paulo.


Próximo Texto: Agronegócio vive seu melhor momento
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.