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Após cair 2%, Bolsa encerra pregão em alta de 0,5%
Desempenho positivo nos
EUA colabora para inversão
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com uma recuperação na segunda etapa do pregão, a Bolsa
de Valores de São Paulo conseguiu encerrar a jornada de ontem com valorização de 0,50%.
A melhora do mercado norte-americano ajudou a tirar a Bolsa paulista do vermelho.
No fim da manhã, a Bovespa
batia em seu mais baixo nível
do dia, ao marcar perdas de
1,93%. Nesta semana, a última
antes das eleições de domingo,
as discussões motivadas pela
cena política tendem a ganhar
mais peso a cada dia. Mas resultados da economia dos EUA
também têm interesse forte para o mercado.
Apesar de o dado de vendas
de casas usadas nos EUA, apresentado ontem, ter ficado negativo, as Bolsas norte-americanas subiram, em muito devido
ao bom desempenho isolado de
algumas ações.
Os papéis da Apple, por
exemplo, tiveram alta de 3,77%
ontem, com melhores expectativas para a empresa no curto
prazo. A Bolsa eletrônica Nasdaq, das ações de empresas de
alta tecnologia, registrou ganho
de 1,36%. O índice Dow Jones
subiu 0,59%.
A elevação dos preços das
ações da Petrobras, amparadas
na alta do barril de petróleo no
mercado internacional, também ajudaram a Bovespa no
pregão ontem. A ação PN da Petrobras, a mais negociada do
dia, subiu 0,41%. O papel ON da
empresa ganhou 0,47%.
O quadro político mais tenso
tem assustado parte dos investidores estrangeiros, o que ajuda a explicar o fraco desempenho da Bovespa neste mês (baixa acumulada de 3,48%).
Em setembro, até o dia 20, o
saldo das operações feitas pelos
estrangeiros na Bovespa ficou
negativo em R$ 22,07 milhões.
No acumulado deste ano, esse
balanço de negócios está negativo em R$ 2,43 bilhões.
Analistas afirmam que os investidores têm optado por ser
cautelosos ao montar suas posições neste momento, preferindo saber, no começo da próxima semana, se haverá ou não
segundo turno nas eleições
presidenciais.
A recuperação da Bolsa ontem não atingiu o mercado de
câmbio. O dólar subiu 0,50%.
Com mais um recuo do real, a
moeda americana fechou ontem vendida a R$ 2,221.
O dólar passou a acumular
valorização de 3,54% neste
mês.
Mas, segundo a pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central, a previsão média de
cerca de cem instituições financeiras é a de que o dólar estará a R$ 2,18 -abaixo da atual
cotação- no fim de 2006.
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