São Paulo, terça-feira, 26 de setembro de 2006

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Após cair 2%, Bolsa encerra pregão em alta de 0,5%

Desempenho positivo nos EUA colabora para inversão

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Com uma recuperação na segunda etapa do pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo conseguiu encerrar a jornada de ontem com valorização de 0,50%. A melhora do mercado norte-americano ajudou a tirar a Bolsa paulista do vermelho.
No fim da manhã, a Bovespa batia em seu mais baixo nível do dia, ao marcar perdas de 1,93%. Nesta semana, a última antes das eleições de domingo, as discussões motivadas pela cena política tendem a ganhar mais peso a cada dia. Mas resultados da economia dos EUA também têm interesse forte para o mercado.
Apesar de o dado de vendas de casas usadas nos EUA, apresentado ontem, ter ficado negativo, as Bolsas norte-americanas subiram, em muito devido ao bom desempenho isolado de algumas ações.
Os papéis da Apple, por exemplo, tiveram alta de 3,77% ontem, com melhores expectativas para a empresa no curto prazo. A Bolsa eletrônica Nasdaq, das ações de empresas de alta tecnologia, registrou ganho de 1,36%. O índice Dow Jones subiu 0,59%.
A elevação dos preços das ações da Petrobras, amparadas na alta do barril de petróleo no mercado internacional, também ajudaram a Bovespa no pregão ontem. A ação PN da Petrobras, a mais negociada do dia, subiu 0,41%. O papel ON da empresa ganhou 0,47%.
O quadro político mais tenso tem assustado parte dos investidores estrangeiros, o que ajuda a explicar o fraco desempenho da Bovespa neste mês (baixa acumulada de 3,48%).
Em setembro, até o dia 20, o saldo das operações feitas pelos estrangeiros na Bovespa ficou negativo em R$ 22,07 milhões. No acumulado deste ano, esse balanço de negócios está negativo em R$ 2,43 bilhões.
Analistas afirmam que os investidores têm optado por ser cautelosos ao montar suas posições neste momento, preferindo saber, no começo da próxima semana, se haverá ou não segundo turno nas eleições presidenciais.
A recuperação da Bolsa ontem não atingiu o mercado de câmbio. O dólar subiu 0,50%. Com mais um recuo do real, a moeda americana fechou ontem vendida a R$ 2,221.
O dólar passou a acumular valorização de 3,54% neste mês.
Mas, segundo a pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central, a previsão média de cerca de cem instituições financeiras é a de que o dólar estará a R$ 2,18 -abaixo da atual cotação- no fim de 2006.


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