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Brasil é o 122º melhor para fazer negócios
Empresa brasileira é a que passa mais tempo pagando tributos, segundo relatório do Banco Mundial
DA REDAÇÃO
O Brasil permanece como
um dos países mais difíceis do
mundo para fazer negócios, de
acordo com relatório do Banco
Mundial (Bird). O país caiu
uma posição em relação ao ranking de 2006 e voltou a ser, entre 178 países, o 122º melhor
para uma empresa fazer negócios -mesma posição que ocupou no levantamento de 2005.
A liderança no "Doing Business 2008", realizado entre junho de 2006 até 1º de junho
deste ano, é de Cingapura, seguida por Nova Zelândia e
EUA. Na América Latina, o país
só está melhor que Equador
(128º), Bolívia (140º), Haiti
(148º) e Venezuela (172º). Porto Rico, o mais bem colocado do
continente, é o 28º, seguido por
Chile (33º) e México (44º).
O Brasil, por exemplo, continua a ser o lugar em que as
companhias passam mais horas pagando tributos: são 2.600
horas por ano, ou mais de 108
dias. Esse número também inclui o tempo gasto preenchendo e preparando os documentos. O segundo mais mal colocado é a Ucrânia, com 2.085 horas. Em Cingapura, terceira
mais bem colocada, são 49 horas para cumprir os regulamentos tributários.
Ainda assim, foi no quesito
pagamento de tributos que o
Brasil mais evoluiu no levantamento. Passou da posição 151,
em 2006, para 137. Isso aconteceu porque o número de pagamento de tributos ao ano caiu
de 23 para 11. Também houve
queda na proporção entre tributos pagos e o lucro da empresa, de 71,7% para 69,2%.
O estudo mostra que um investidor demora em média 152
dias para abrir uma empresa no
Brasil -só em quatro países é
preciso mais tempo para começar um negócio. Na Dinamarca,
são necessários 6 dias para a
mesma operação, no Uruguai,
44 dias, e em Togo, 53 dias.
Ele destaca algumas das reformas feitas pelo Brasil, como
a limitação dos casos que podem ir ao Supremo Tribunal
Federal e as emendas do Código de Processo Civil "que tornaram mais fácil aos credores
cobrar dívidas".
América Latina
Segundo o estudo, a América
Latina e o Caribe estão ficando
para trás de outras regiões no
ritmo da reforma de regulamentações. A região teve 26 reformas positivas, com a Colômbia como destaque, porém houve seis mudanças negativas,
que aumentaram a dificuldade
de fazer negócios.
Para o Bird, a desaceleração
na região pode ser o resultado
de um ano eleitoral muito ativo, em que houve mudança de
presidentes em 13 países.
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