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Wal-Mart entra no varejo on-line na próxima quarta
Rede lança site com 11 categorias de produtos, totalizando mais de 10 mil itens
Varejista promete ter os preços mais baixos; até o final deste ano, Carrefour e Casas Bahia também devem ter vendas pela internet
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
O comércio on-line ganha
um varejista de peso a partir da
próxima quarta-feira. O Wal-Mart, terceira maior rede supermercadista do país, lança
seu site com 11 categorias de
não-alimentos (informática,
jogos, eletrônicos, beleza &
saúde, telefonia, brinquedos,
eletrodomésticos, esporte & lazer, cine & foto, relógios e eletroportáteis), totalizando mais
de 10 mil itens à venda.
"Teremos os melhores preços dentro do canal de comércio eletrônico", afirma o presidente da empresa no Brasil,
Héctor Núñez, sem divulgar a
meta de participação no faturamento total da rede.
Apesar da crise financeira,
Núñez diz que está otimista
com a economia brasileira e vai
continuar com os planos de expansão. "Esperamos ter o melhor Natal da nossa história."
Duas outras marcas da multinacional terão domínios próprios (www.bompreco.
com.br e www.big.com.br),
que serão redirecionados para
o endereço www.walmart.
com.br. O site vai permitir
buscas refinadas, com vários
parâmetros simultaneamente,
criticar os produtos comprados
e saber os mais vendidos.
Foram investidos R$ 25 milhões no desenvolvimento do
site, mas o valor não inclui a logística, que foi terceirizada à
Total Express. Com isso, as entregas serão feitas em todos os
Estados -até naqueles em que
a empresa não tem lojas. Além
do Brasil, o Wal-Mart tem site
nos Estados Unidos, no Reino
Unido, no Japão e no México.
Mediante a cobrança de uma
taxa extra, os produtos leves
(até 10 kg) poderão ser entregues mais rapidamente. Aqueles comprados até as 12h nas
regiões metropolitanas de São
Paulo e Rio de Janeiro serão
recebidos no mesmo dia.
O Grupo Pão de Açúcar lançou serviço semelhante, com
garantia de entrega, por exemplo, na cidade de São Paulo, das
compras feitas até as 15h, mas
sem restrição de peso. A previsão do grupo, segundo no ranking, é mais que dobrar a participação do canal no faturamento deste ano em relação a 2007,
quando as vendas virtuais responderam por cerca de 2%.
O líder Carrefour, que deve
entrar no comércio on-line até
o final deste ano, divulgou nota
dizendo apenas que "planeja
ampliar em breve sua atuação
no Brasil por meio de uma operação e-commerce". A Casas
Bahia, maior rede de eletrodomésticos e de móveis do país,
mantém a meta de entrar na
internet até dezembro.
"A entrada da rede vai trazer
uma carteira [de clientes] muito forte, principalmente das
classes C e D", afirma Gerson
Rolim, diretor-executivo da
Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. De acordo com
a e-bit, empresa especializada
no setor, a previsão é ampliar o
número de consumidores que
já fizeram pelo menos uma
compra pela internet de 9,5 milhões em 2007 para 13 milhões
no final deste ano. A movimentação deve saltar de R$ 6,3 bilhões para R$ 8,5 bilhões.
"Toda vez que uma marca
forte no off-line abre um canal
na internet, leva novos consumidores", diz Mauricio Salvador, diretor comercial da e-bit,
lembrando que as lojas virtuais
e as bandeiras de cartão de crédito vêm investindo em tecnologia para aumentar a segurança nas transações. Essa forma
de pagamento já é usada em
mais de 80% das compras.
Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), as vendas
de computadores devem atingir 13 milhões de unidades em
2008, o que representará crescimento de 30% em relação a
2007, que, por sua vez, havia
crescido 21% sobre 2006.
O número de pessoas com
acesso à internet também vem
crescendo nesse patamar. De
acordo com o Ibope/NetRatings, 23,7 milhões usaram a
internet residencial em julho,
número 28% superior ao do
mesmo mês do ano anterior.
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