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Alagoas é o Estado que mais depende de benefício, diz FGV
Mais de 40% da renda total dos alagoanos vem de programas sociais do governo
Rio é o Estado onde as aposentadorias são mais relevantes para a renda; Florianópolis tem a maior renda média, com R$ 1.292
ALEXANDRA BICCA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Pesquisa da Fundação Getulio Vargas mostra que o Rio é o
Estado onde o pagamento de
aposentadoria é mais relevante
para a renda; Alagoas é o campeão de proventos sociais; e o
Amapá é o Estado com o mais
expressivo índice de participação do trabalho na renda.
Essa é a conclusão do "Atlas
do Bolso dos Brasileiros", organizado pela FGV a partir da base de dados da Pnad (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) de 2008, divulgada
pelo IBGE no dia 18.
Segundo o levantamento, o
rendimento de aposentados
que recebem mais de um salário mínimo por pessoa representou 25,35% do total da renda do Estado do Rio em 2008, a
maior parcela entre todos os
Estados. Em seguida aparecem
Rio Grande do Sul (18,74% da
renda), Piauí (17,57%) e Distrito Federal (16,43%).
Já no ranking sobre a renda
obtida por meio de diferentes
atividades de trabalho, o Rio de
Janeiro é a última colocada entre as capitais e periferias metropolitanas analisadas pela
pesquisa (no total de 36 localidades), com uma parcela de
67,98% da renda vinda desse tipo de fonte. A líder nessa comparação é Palmas, no Tocantins, onde 88,31% da renda veio
do trabalho em 2008, de acordo
com o levantamento. São Paulo
ocupa a 15ª posição na mesma
análise, com 80,51% da renda
vinda do trabalho.
Na comparação estadual, as
atividades do trabalho têm a
maior participação na renda do
Amapá (88,16%), de Roraima
(86,26%) e de Mato Grosso
(85,69%). O Rio de Janeiro aparece em 25º lugar, com 69,54%;
São Paulo é listado em nona posição, com parcela de 80,66%
da renda obtida pelo trabalho.
A pesquisa mostra as disparidades regionais. O Estado do
Amapá tem 88,16% da sua renda vinda do trabalho. Já o Estado de Alagoas é o campeão de
proventos de programas sociais, com 40,43%. O Rio tem
27,9% das suas receitas vindas
de aposentadorias.
A mesma pesquisa destaca
Florianópolis como o município brasileiro com maior renda
média: R$ 1.292 mensais, tendo
92,6% da sua população nas
classes ABC.
Puxado principalmente pelos programas de transferência
de renda do governo, como o
Bolsa Família, o Nordeste respondeu por 44,28% do número
de pessoas que saíram da pobreza em 2007/8.
Já nos Estados do Sudeste, a
renda do trabalho e a da previdência foram as principais causas para o aumento de pessoas
nas classes ABC, com um incremento de 38,04%.
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