São Paulo, sábado, 26 de setembro de 2009

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TRABALHO

Bancários mantêm greve por tempo indeterminado

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os bancários vão manter a greve da categoria no país e decidir na segunda-feira o rumo da paralisação que, em seu segundo dia, atingiu 4.791 locais de trabalho.
Na avaliação da Contraf-CUT (confederação da categoria) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, o movimento se estendeu para novas agências. A Febraban (federação dos bancos) contesta a informação. Segundo os bancos, existem 20 mil agências e 15 mil postos de atendimento no Brasil.
Em São Paulo, cerca de mil bancários fizeram uma passeata na avenida Paulista. O sindicato estima que cerca de 34,5 mil bancários em 728 locais de trabalho aderiram à paralisação. Ainda segundo os sindicalistas, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa, do Unibanco e do Banco do Brasil, além de agências. No Bradesco Alphaville, cerca de 2.000 bancários e funcionários terceirizados do local participaram da paralisação.
Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, diz que a greve é uma "resposta ao descontentamento dos trabalhadores" e que a tendência é de a paralisação se ampliar, caso os bancos não apresentem uma proposta melhor à categoria.
"O que nos preocupa é a falta de negociação. Insistimos em afirmar que estamos dispostos a debater nossa proposta. Mas o sindicato tem de dizer o que tem de melhorar", afirma Magnus Apostólico, superintendente de Relações do Trabalho da Febraban. Os bancos ofereceram reajuste de 4,5% e mudança no cálculo da participação nos lucros paga no ano passado.
Os bancários querem 10% de reajuste e PLR no valor de três salários e R$ 3.850 fixos.

Outras categorias
Os metalúrgicos de São Paulo, representados pela Força Sindical, aprovaram ontem a decisão de ir à greve para conseguir aumento salarial. Participaram do ato 10 mil trabalhadores.
Em Rondônia, os funcionários das obras da usina de Jirau, no rio Madeira, encerraram ontem greve após aceitar proposta de reajuste, que prevê piso salarial de R$ 650. Algumas categorias terão aumento de até 37%.


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