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TRABALHO
Bancários mantêm greve por tempo indeterminado
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os bancários vão manter a
greve da categoria no país e
decidir na segunda-feira o
rumo da paralisação que, em
seu segundo dia, atingiu
4.791 locais de trabalho.
Na avaliação da Contraf-CUT (confederação da categoria) e do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, o
movimento se estendeu para
novas agências. A Febraban
(federação dos bancos) contesta a informação. Segundo
os bancos, existem 20 mil
agências e 15 mil postos de
atendimento no Brasil.
Em São Paulo, cerca de mil
bancários fizeram uma passeata na avenida Paulista. O
sindicato estima que cerca
de 34,5 mil bancários em 728
locais de trabalho aderiram à
paralisação. Ainda segundo
os sindicalistas, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa, do
Unibanco e do Banco do Brasil, além de agências. No Bradesco Alphaville, cerca de
2.000 bancários e funcionários terceirizados do local
participaram da paralisação.
Luiz Cláudio Marcolino,
presidente do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, diz
que a greve é uma "resposta
ao descontentamento dos
trabalhadores" e que a tendência é de a paralisação se
ampliar, caso os bancos não
apresentem uma proposta
melhor à categoria.
"O que nos preocupa é a
falta de negociação. Insistimos em afirmar que estamos
dispostos a debater nossa
proposta. Mas o sindicato
tem de dizer o que tem de
melhorar", afirma Magnus
Apostólico, superintendente
de Relações do Trabalho da
Febraban. Os bancos ofereceram reajuste de 4,5% e
mudança no cálculo da participação nos lucros paga no
ano passado.
Os bancários querem 10%
de reajuste e PLR no valor de
três salários e R$ 3.850 fixos.
Outras categorias
Os metalúrgicos de São
Paulo, representados pela
Força Sindical, aprovaram
ontem a decisão de ir à greve
para conseguir aumento salarial. Participaram do ato 10
mil trabalhadores.
Em Rondônia, os funcionários das obras da usina de
Jirau, no rio Madeira, encerraram ontem greve após
aceitar proposta de reajuste,
que prevê piso salarial de R$
650. Algumas categorias terão aumento de até 37%.
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